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Rebeldes líbios acusam Kadafi de bombardear Misrata

Segundo o porta-voz da oposição, regime está atacando com tanques e projéteis há horas

Rebelde se protege de ataques: governo diz que já retomou controle de Misrata (Roberto Schmidt/AFP)

Rebelde se protege de ataques: governo diz que já retomou controle de Misrata (Roberto Schmidt/AFP)

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Da Redação

Publicado em 22 de março de 2011 às 09h35.

Argel - A cidade de Misrata, terceira maior da Líbia, é alvo nesta terça-feira de intensos bombardeios de tanques e artilharia das forças leais ao líder líbio Muammar Kadafi, afirmou Sadon el Mehmeraty, um dos porta-vozes rebeldes na localidade, à rede "Al Jazeera".

O porta-voz indicou que os ataques das forças do regime com tanques e projéteis vêm ocorrendo há horas. Segundo ele, entre as vítimas, há quatro crianças.

Abdul Hafid Abdul Qader Ghoga, vice-presidente e porta-voz do Conselho Nacional Transitório (CNT) - órgão de autoridade dos rebeldes no leste do país -, havia dito na segunda-feira que a situação em Misrata era "crítica" e que a cidade não tinha eletricidade, água corrente nem gasolina.

Segundo fontes rebeldes, as tropas do regime conseguiram entrar em algumas áreas da cidade no domingo, protegendo-se assim de um possível ataque das forças aliadas.

Um porta-voz militar do Governo do líder Muammar Kadafi afirmou nesta segunda-feira à noite, à imprensa líbia, que Misrata já estava sob controle do regime.

Nos bombardeios de segunda-feira morreram pelo menos 40 pessoas, segundo testemunhas na cidade citadas pela "Al Jazeera".

Esse número também foi divulgado pelo canal "Al Arabiya", que indicou que a quantidade de feridos supera 300.

Segundo esta última emissora, as forças da coalizão internacional atacaram na noite de segunda-feira os arredores de Sirte, cidade natal de Kadafi, a meio caminho entre Trípoli e Benghazi.

A televisão líbia afirmou nesta terça-feira por sua vez que numerosos habitantes de Trípoli se congregaram na praça de Bab el Azizia, bairro dos arredores da capital onde se encontra o palácio de Kadafi, para mostrar "seu apoio ao líder".

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