“A embarcação e sua tripulação estão seguras”, afirmou o UKMTO, enquanto Ambrey relatou danos menores (Agence France-Presse/AFP Photo)
Agência de notícias
Publicado em 17 de fevereiro de 2024 às 09h46.
Os rebeldes Houthi do Iêmen assumiram no sábado a responsabilidade por um ataque a um “petroleiro britânico” que arvorava bandeira do Panamá no Mar Vermelho, que as agências de segurança e o Departamento de Estado dos EUA haviam relatado no dia anterior.
“As forças navais das forças armadas iemenitas realizaram uma operação contra o petroleiro britânico ‘Pollux’ no Mar Vermelho com um grande número de mísseis navais”, disse o seu porta-voz militar, Yahya Saree.
A agência britânica de segurança marítima UKMTO e a empresa de segurança especializada em transporte marítimo Ambrey relataram na sexta-feira uma explosão perto de um navio na costa da cidade de Moca.
“A embarcação e sua tripulação estão seguras”, afirmou o UKMTO, enquanto Ambrey relatou danos menores.
O Departamento de Estado dos EUA indicou mais tarde que um míssil lançado do Iêmen atingiu um "navio de bandeira panamenha com destino à Índia, carregado com petróleo bruto".
“Este é um novo exemplo de ataques ilegais contra o transporte marítimo internacional, que continuam depois de numerosos apelos aos Houthis para cessarem as suas atividades”, acrescentou, anunciando que as sanções dos EUA contra os rebeldes entraram em vigor na sexta-feira.
Os insurgentes, apoiados pelo Irão, multiplicaram os ataques contra navios mercantes no Mar Vermelho e no Golfo de Aden desde Novembro, forçando muitos armadores a evitar esta importante rota marítima.
Os Houthis dizem que estão atacando navios ligados a Israel em “solidariedade” com os palestinos na Faixa de Gaza, onde Israel tem travado uma guerra contra o Hamas desde o sangrento ataque do movimento islâmico ao seu território, em 7 de Outubro.
Desde Janeiro, também atacaram navios britânicos e americanos, em resposta aos ataques destes dois países contra as suas posições.
Os rebeldes iemenitas declararam no sábado que “não hesitarão em realizar e expandir as suas operações militares para defender o Iémen e afirmar a (sua) solidariedade com o povo palestino”