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"Rebeldes do Congo cometeram abusos generalizados"

A região montanhosa no leste do Congo --aterrorizada por grupos armados há quase duas décadas-- foi palco de seis meses de confrontos sangrentos


	Membros de missão da ONU na República Democrática do Congo: pelo menos 33 dos combatentes próprios do M23 tinham sido executados por tentar desertar
 (©AFP/File / Lionel Healing)

Membros de missão da ONU na República Democrática do Congo: pelo menos 33 dos combatentes próprios do M23 tinham sido executados por tentar desertar (©AFP/File / Lionel Healing)

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Da Redação

Publicado em 10 de setembro de 2012 às 23h50.

Kinshasa - Rebeldes no leste da República Democrática do Congo, que estariam recebendo ajuda da vizinha Ruanda, cometeram crimes de guerra generalizados, incluindo dezenas de assassinatos e estupros, disse a Human Rights Watch em um relatório divulgado na terça-feira (horário local).

A região montanhosa no leste do Congo --aterrorizada por grupos armados há quase duas décadas-- foi palco de seis meses de confrontos sangrentos depois que soldados desertaram do Exército, desencadeando um conflito que forçou pelo menos 220 mil pessoas a deixarem as suas casas.

Especialistas da ONU dizem que autoridades de Ruanda deram apoio logístico e tropas para o levante, conhecido como M23, embora o governo ruandês negue com veemência essas acusações.

As alegações de violações generalizadas dos direitos humanos por parte do M23 surgem num momento em que os esforços para encontrar uma solução para a crise parecem estar estancados, tendo a direção da força de paz da ONU afirmado que o envio de uma força neutra para enfrentar os rebeldes continua sendo "apenas um conceito".

A Human Rights Watch (HRW) disse em um comunicado na terça-feira que pelo menos 33 dos combatentes próprios do M23 tinham sido executados por tentar desertar e 15 civis também haviam sido mortos deliberadamente desde junho em território controlado pelos insurgentes.

"Os rebeldes do M23 estão cometendo uma série horrível de novas atrocidades no leste do Congo, disse a pesquisadora sênior de África Anneke van Woudenberg, da HRW.

A entidade afirmou ter fundamentado sua pesquisa em quase 200 entrevistas e ter obtido evidências de que pelo menos 46 mulheres e meninas tinham sido estupradas.

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