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Rebeldes da RDC tomam posto fronteiriço no Congo

Os combates levaram 600 soldados congoleses a se refugiarem do outro lado da fronteira

Rebeldes do M23, da RDC, durante uma patrulha: nos combates em Bunagana, morreu um capacete azul indiano da Missão das Nações Unidas na RDC (Monusco) (©AFP/File / Melanie Gouby)

Rebeldes do M23, da RDC, durante uma patrulha: nos combates em Bunagana, morreu um capacete azul indiano da Missão das Nações Unidas na RDC (Monusco) (©AFP/File / Melanie Gouby)

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Da Redação

Publicado em 6 de julho de 2012 às 18h58.

Goma - A localidade de Bunagana, posto fronteiriço com Uganda situado no leste da República Democrática do Congo, foi tomada nesta sexta-feira por rebeldes, após duros combates com o Exército, em que um capacete azul indiano da ONU morreu.

Os combates levaram 600 soldados congoleses a se refugiarem do outro lado da fronteira. "Tomamos Bunagana às 6h, disse o tenente-coronel Vianney Kazarama, porta-voz do M23 (Movimento do 23 de março), grupo ao qual os rebeldes pertencem.

Bunagana fica a 10km das posições dos rebeldes, que, desde maio, estão reunidos nas colinas do sudeste do Parque Nacional Virunga, na fronteira com Uganda e Ruanda.

"Acabou, a localidade foi ocupada pelos rebeldes. Agora, estamos todos amontoados no lado ugandense", disse um habitante de Bunagana. No total, 600 soldados das Forças Armadas da República Democrática do Congo (FARDC) fugiram de Bunagana para Uganda, segundo um porta-voz do Exército ugandense.

As FARDC lançaram na manhã de ontem uma ofensiva no oeste das posições rebeldes, mas o M23 lançou uma contraofensiva no nordeste, em que tomou as localidades de Jomba e Chengerero, e, depois, Bunagana, após duros combates.

Nos combates em Bunagana, morreu um capacete azul indiano da Missão das Nações Unidas na RDC (Monusco), disse o porta-voz da força, Madnodje Mounubai.

Nas últimas semanas, a Monusco reforçou suas posições em Bunagana, para proteger a população civil. A missão é uma das mais importantes da ONU, e envolve 18 mil soldados, concentrados, principalmente, no leste da RDC, uma zona instável.

Cinco mil pessoas fugiram para Uganda desde que foram retomados os combates, ontem, no lado congolês, segundo o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur) em Uganda.

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