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Rebeldes avançam em direção ao oeste da Líbia

No leste da Líbia, testemunhas viram pelo segundo dia um avião militar bombardeando a cidade petrolífera de Brega

Forças rebeldes comemoram em Braga, na Líbia
 (John Moore/Getty Images)

Forças rebeldes comemoram em Braga, na Líbia (John Moore/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 3 de março de 2011 às 23h48.

Al-Uqayla - Os rebeldes líbios avançaram na quinta-feira em direção ao oeste da Líbia, enquanto Muammar Gaddafi recebeu uma advertência de que poderia ser julgado em Haia por supostos crimes cometidos por suas forças de segurança.

A revolta na Líbia, a mais mortal contra os governantes que estão há décadas no poder no Oriente Médio e norte da África, atingiu o país membro da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e afetou quase 50 por cento de sua produção de 1,6 milhões de barris diários de petróleo que sustenta a economia.

No leste da Líbia, testemunhas viram pelo segundo dia um avião militar bombardeando a cidade petrolífera de Brega, 800 quilômetros a leste de Trípoli. Aviões de guerra também perpetraram dois ataques contra a cidade de Ajbadiya, sob controle dos rebeldes.

No entanto, o secretário para Assuntos Africanos do Ministério do Exterior líbio, Juma Amer, disse a jornalistas que "as informações da mídia de que áreas civis foram bombardeadas são falsas. Foi pedido à polícia que se contenha o máximo".

Em entrevista à rede Sky News, de Londres, o filho de Gaddafi, Saif al Islam, disse que Brega foi bombardeada para expulsar os combatentes milicianos e para recuperar o controle das instalações petrolíferas.

"Em primeiro lugar, as bombas foram só para assustá-los e para que saíssem."

Em terra, os rebeldes conduziam um protesto popular sem precedentes em direção ao oeste de Brega. Disseram que as tropas leais a Gaddafi recuaram até Ras Lanuf, local de outro grande terminal petrolífero a 600 quilômetros de Trípoli. Eles também informaram que capturaram um grupo de mercenários.

Em al-Uqayla, a leste de Ras Lanuf, um rebelde gritou na cara de um jovem africano capturado e suposto mercenário: "Você tinha armas, sim ou não? Estava com as tropas de Gaddafi, sim ou não?"

O silencioso jovem foi obrigado a se ajoelhar no chão. Um homem colocou uma arma perto de seu rosto antes que um jornalista protestasse e dissesse que os rebeldes não eram juízes.

Em Haia, o promotor do Tribunal Penal Internacional, Luis Moreno Ocampo, disse que Gaddafi e membros de seus círculo íntimo, incluindo seus filhos, poderiam ser investigados por supostos crimes cometidos contra civis por parte das forças de segurança.

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