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Reabertura de reator viola normas internacionais, diz EUA

Coreia do Norte anunciou que irá reabrir suas instalações nucleares em Yongbyon

Coreia do Norte: país entrou nesta terça-feira em uma nova fase de seu confronto com a comunidade internacional, ao anunciar sua intenção de reativar um reator nuclear desativado em 2007, apesar das resoluções da ONU que proíbem qualquer programa atômico. (AFP)

Coreia do Norte: país entrou nesta terça-feira em uma nova fase de seu confronto com a comunidade internacional, ao anunciar sua intenção de reativar um reator nuclear desativado em 2007, apesar das resoluções da ONU que proíbem qualquer programa atômico. (AFP)

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Da Redação

Publicado em 2 de abril de 2013 às 19h59.

Washington - Os Estados Unidos consideraram nesta terça-feira que o anúncio da Coreia do Norte de reabrir suas instalações nucleares em Yongbyon é 'outra indicação de que o presidente do país contradiz seus próprios compromissos e pretende violar suas obrigações internacionais'.

O porta-voz da Casa Branca, Jay Carney, garantiu hoje em sua entrevista coletiva diária que a posição dos Estados Unidos e de uma 'ampla aliança internacional' é que 'a Coreia do Norte abandone sua busca por armas nucleares e cumpra com todos os seus compromissos internacionais'.

'Buscamos a completa desnuclearização verificável e irreversível através de negociações autênticas e críveis', insistiu Carney ao se referir à península coreana.

Diante da preocupação pela escalada de tensões entre a Coreia do Norte e os Estados Unidos revelada hoje pelo secretário-geral da ONU Ban Ki-moon, Carney comentou que o presidente americano, Barack Obama, também tem a mesma preocupação e que sua administração continua trabalhando com seus aliados internacionais no âmbito das Nações Unidas.

'O presidente expressou sua preocupação pelas ações e pelo comportamento do regime da Coreia do Norte, e trabalhamos com nossos aliados, mais visivelmente no Conselho de Segurança, quando foi aprovada uma resolução por unanimidade, com China e Rússia, que condena o comportamento da Coreia do Norte neste campo', explicou o porta-voz.

Carney ressaltou que os Estados Unidos e seus aliados continuam aumentando as pressões sobre a Coreia do Norte com o objetivo de isolar o regime o máximo possível e acrescentou que, além disso, o governo americano também está tomando medidas para se defender em caso de ataque.

A porta-voz do Departamento de Estado, Victoria Nuland, advertiu também que a reabertura do reator seria uma 'clara violação das obrigações internacionais' norte-coreanas, mas ressaltou que 'existe uma diferença' entre 'declarar que se pretende fazer alguma coisa e realmente ser capaz de fazê-lo'.


'Mas, se forem capazes de voltar a utilizar as instalações, isso obviamente seria extremamente alarmante', acrescentou Victoria, que reiterou que os Estados Unidos não reconhecem a Coreia do Norte como um Estado nuclear, como quer esse país.

Pyongyang fez hoje um novo desafio ao mundo ao anunciar a reabertura do reator principal de Yongbyon, que devolveria ao país sua principal fonte de plutônio para avançar no desenvolvimento de armas nucleares.

O regime de Kim Jong-un vai ativar seu reator central de 5 megawatts, parado desde 2007, e garantiu que 'os trabalhos começarão sem demora', mas os especialistas descartam, por motivos técnicos, a possibilidade de uma reabertura em curto prazo.

A Coreia do Norte anunciou na semana passada que está em 'estado de guerra' e advertiu sobre um 'combate em grande escala' fora da região.

Em seu novo anúncio, Pyongyang garantiu que 'a situação em que não há guerra nem paz na península coreana terminou'.

As duas Coreias permaneceram tecnicamente em guerra desde o final da Guerra da Coreia (1950-1953), que terminou com um cessar-fogo e após o mesmo foi assinado um armistício e acordos de não agressão.

O comunicado advertiu, além disso, sobre um 'combate em grande escala' para além da região, se Coreia do Sul e EUA continuarem com suas atividades militares na zona desmilitarizada entre as duas Coreias. EFE

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