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Raúl Castro reitera solidariedade a Lula e ao governo de Maduro

Para o presidente de Cuba, o processo penal contra Lula é uma tentativa de impedir que o petista seja candidato às eleições de 2018

Raúl Castro: o presidente afirmou que Dilma, Lula, o PT e o povo brasileiro terão sempre Cuba ao seu lado (Adalberto Roque/AFP/AFP)

Raúl Castro: o presidente afirmou que Dilma, Lula, o PT e o povo brasileiro terão sempre Cuba ao seu lado (Adalberto Roque/AFP/AFP)

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EFE

Publicado em 14 de julho de 2017 às 20h19.

Última atualização em 14 de julho de 2017 às 20h20.

Havana - O presidente de Cuba, Raúl Castro, reiterou nesta sexta-feira sua solidariedade com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e afirmou que o petista é vítima de uma "perseguição política no Brasil".

Lula foi condenado a nove anos e meio de prisão pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, mas poderá recorrer em liberdade e disputar as próximas eleições caso a decisão do juiz Sérgio Moro não seja confirmada em segunda instância.

Para Castro, o processo penal contra Lula é uma tentativa de impedir que o ex-presidente seja candidato às eleições de 2018.

O presidente cubano afirmou que a ex-presidente Dilma Rousseff, Lula, o Partido dos Trabalhadores e o povo brasileiro terão sempre Cuba de seu lado.

Além disso, Castro expressou solidariedade com o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, diante da "violência golpista".

O presidente cubano disse que o "direito legítimo" de a Venezuela resolver seus assuntos internos deve ser respeitada, sem a "ingerência externa".

Nesse sentido, Castro pediu o fim da "manipulação seletiva" contra a Venezuela por parte da Organização de Estados Americanos (OEA) e seu secretário-geral, o uruguaio Luis Almagro.

"A agressão e a violência golpista da oposição ao chavismo prejudicam toda a América e só beneficia os interesses daqueles que se empenham em nos dividir", afirmou Castro, segundo a imprensa oficial cubana.

"A oposição está gerando um conflito de consequências incalculáveis na região, como as que presenciamos em diferentes lugares do mundo. Aqueles que pretendem derrotar por vias inconstitucionais, violentas e golpistas o processo iniciado por Hugo Chávez assumirão sua responsabilidade perante a história", completou o presidente cubano.

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