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Da Redação
Publicado em 20 de fevereiro de 2013 às 08h32.
Havana - Uma delegação de sete membros do Congresso dos EUA reuniu-se na terça-feira com o presidente de Cuba, Raúl Castro, para melhorar as relações que se deterioram desde a prisão do funcionário terceirizado do governo dos EUA, Alan Gross, em Cuba em 2009.
Os membros do grupo parlamentar, que chegou na segunda-feira a Cuba, também se reuniram com Gross, disse um membro da delegação que pediu para não ser identificado.
Um comunicado emitido pelo governo cubano na terça-feira disse que Castro e o chanceler Bruno Rodríguez se encontraram primeiramente com o senador democrata Patrick Leahy para discutir "assuntos de interesse para ambos os países", e depois se reuniram com os outros parlamentares.
Leahy reuniu-se com Castro, Rodríguez e Gross no ano passado.
O senador, que falou com repórteres na segunda-feira, disse que o destino de Gross e as reformas em curso em Cuba eram os principais temas da agenda do grupo.
O comunicado do governo cubano, divulgado na terça com um vídeo da reunião, disse que a delegação dos EUA também realizou reuniões com o presidente do Parlamento, Ricardo Alarcón, e Rodríguez.
Leahy deve emitir um comunicado nesta quarta-feira sobre a viagem.
Gross, de 63 anos, foi preso em Havana em dezembro de 2009 e condenado a 15 anos de prisão pela instalação de redes de internet sob um programa secreto dos EUA que o governo cubano considera subversivo.
O caso prejudicou uma breve tentativa de reaproximação entre Cuba e EUA.
O governo do presidente dos EUA, Barack Obama, disse que as relações entre os dois países não vão melhorar enquanto Gross permanecer preso.
A lei norte-americana determina que as sanções econômicas dos EUA contra Cuba não podem ser levantadas até que o sistema político comunista de partido único seja alterado em Cuba, uma exigência rejeitada pelo governo cubano.