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Raúl Castro denuncia na ONU embargo norte-americano a Cuba

O bloqueio afeta "outras nações por seu alcance extraterritorial, e continua prejudicando os interesses dos cidadãos e empresas norte-americanos", disse Castro


	Raúl Castro: O bloqueio "continua prejudicando os interesses dos cidadãos e empresas norte-americanos", disse
 (Enrique de La Osa/Reuters)

Raúl Castro: O bloqueio "continua prejudicando os interesses dos cidadãos e empresas norte-americanos", disse (Enrique de La Osa/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 26 de setembro de 2015 às 15h05.

O presidente cubano, Raúl Castro, pediu neste sábado diante da Organização das Nações Unidas o fim do embargo norte-americano a Cuba ao considerar que essa política é "o principal obstáculo para o desenvolvimento econômico" de seu país.

O líder cubano disse que o restabelecimento este ano das relações diplomáticas entre os dois países "constitui um importante avanço", mas lembrou que "o embargo econômico, comercial e financeiro contra Cuba ainda continua há mais de meio século", e que 188 países da ONU "pedem o fim" desta política.

O bloqueio adotado por Washington afeta "outras nações por seu alcance extraterritorial, e continua prejudicando os interesses dos cidadãos e empresas norte-americanos", disse Castro.

"Cuba cumpriu os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio e ofereceu sua cooperação a outros países em desenvolvimento em vários setores, o que continuaremos fazendo na medida de nossas possibilidades".

A agenda da Cúpula de Desenvolvimento Sustentável que ocorre na sede da ONU, em Nova York, contemplava neste sábado a participação do vice-presidente de Cuba, Miguel Díaz Canel, mas a presidência dos trabalhos surpreendeu a todos quando pediu que Castro fizesse seu discurso.

Trata-se da primeira participação de Raúl Castro na ONU como chefe de estado cubano. O líder deverá falar novamente nesta segunda-feira na Assembleia Geral da ONU, no mesmo dia do presidente norte-americano, Barack Obama.

Na semana passada, o chanceler cubano Bruno Rodríguez disse que o governo de Havana não descartava qualquer tipo de "interação" entre Obama e Castro caso ambos dirigentes se encontrem na ONU.

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