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Iraniana Sakineh é libertada, anuncia ONG

Segundo o comitê contra o apedrejamento, confirmação deverá acontecer em um programa de TV iraniano

Além de Sakineh, também devem ser libertados seu filho e seu advogado (AFP)

Além de Sakineh, também devem ser libertados seu filho e seu advogado (AFP)

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Da Redação

Publicado em 9 de dezembro de 2010 às 17h23.

Berlim - A iraniana Sakineh Mohammadi-Ashtiani, condenada a morrer apedrejada, foi libertada, assim como seu filho e seu advogado, afirmou à AFP o comitê contra o apedrejamento, com sede na Alemanha.

"Recebemos do Irã a informação de que estão livres", disse à AFP Mina Ahadi, porta-voz do comitê.

"Esperamos ainda a confirmação. Aparentemente, esta noite há um programa que deve ser exibido na televisão e aí saberemos 100%. Mas, sim, ouvimos que está livre e também seu filho e seu advogado", disse Ahadi.

O ministro italiano das Relações Exteriores, Franco Frattini, manifestou satisfação com a notícia da libertação de Sakineh e assegurou que este é "um grande dia para os direitos humanos".

O chanceler italiano destacou, no entanto, que "está verificando" a informação, divulgada pelo comitê.

"O Irã cumpriu um gesto de clemência e compreensão e o fez no pleno exercício das prerrogativas de um Estado soberano", acrescentou o chanceler italiano, que espera que com isto se abra uma etapa de "diálogo com o Irá sobre os direitos humanos".

Mohammadi-Ashtiani foi condenada à morte por dois tribunais diferentes em 2006 pelo envolvimento no assassinato do marido. Em 2007, sua pena pelo assassinato foi reduzida, em apelação, a 10 anos de prisão, mas sua sentença a morrer apedrejada por adultério foi confirmada no mesmo ano por outra corte de apelação.

A revelação do caso, em julho passado, por associações de direitos humanos, causou uma forte mobilização no Ocidente, onde muitos países e personalidades pediram que a sentença não fosse aplicada.

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