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Rajoy tem resultados mistos em eleição regional na Espanha

A eleição na Galícia, onde as medidas de austeridade foram implementadas pelo Partido Popular antes mesmo de Rajoy assumir o governo central espanhol há um ano


	Mariano Rajoy, o primeiro-ministro da Espanha: o partido do governo conquistou três cadeiras a mais do que na eleição de três anos atrás e dois além do previsto
 (Rafa Rivas/AFP)

Mariano Rajoy, o primeiro-ministro da Espanha: o partido do governo conquistou três cadeiras a mais do que na eleição de três anos atrás e dois além do previsto (Rafa Rivas/AFP)

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Da Redação

Publicado em 22 de outubro de 2012 às 07h11.

Madri - O primeiro-ministro espanhol, Mariano Rajoy, obteve um impulso para suas medidas de austeridade ao conquistar umavitória na eleição regional da Galícia, sua base eleitoral, mas vitórias de partidos nacionalistas no País Basco podem representar uma dor de cabeça para o governo de centro-direita.

A eleição na Galícia, onde as medidas de austeridade foram implementadas pelo Partido Popular antes mesmo de Rajoy assumir o governo central espanhol há um ano, era vista como um referendo sobre a forma como a Espanha tem enfrentado a crise da zona do euro.

A vitória lá da ao primeiro-ministro algum espaço para respirar, depois que as urnas mostraram em outras regiões uma perda de apoio em meio aos protestos populares contra os cortes de gastos nos serviços públicos e aumentos sucessivos de impostos.


O Partido Popular, de Rajoy, manteve o governo e maioria absoluta parlamentar na região da Galícia, com 41 assentos ante 18 para o Partido Socialista e 16 para dois partidos nacionalistas.

O partido do governo conquistou três cadeiras a mais do que na eleição de três anos atrás e dois além do previsto pelas pesquisas de opinião para o governo regional de Alberto Nunez Feijoo.

Analistas e autoridades da União Europeia acreditam que Rajoy estava esperando apenas passar as eleições para solicitar mais ajuda à Europa, porque temia que as condições impostas pelos credores, como a reforma do sistema de pensões, poderiam contrariar os eleitores.

O premiê espanhol, que em junho recebeu uma promessa de ajuda da zona do euro de até 100 bilhões de euros para recapitalizar os bancos do país, disse na sexta-feira que ainda não decidiu se vai pedir ou não um pacote de ajuda externa para o governo.

A Espanha vive a segunda recessão desde 2009 e o FMI prevê que a economia do país vai se contrair em 1,3 por cento no ano que vem. O desemprego está na casa de 24,6 por cento.

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