O presidente do governo espanhol, Mariano Rajoy: a oposição não deu crédito aos argumentos de Rajoy para negar a falsidade das acusações de Bárcenas e usou contra ele o fato de que manteve contatos com o ex-tesoureiro inclusive quando já era investigado. (REUTERS/Susana Vera)
Da Redação
Publicado em 1 de agosto de 2013 às 10h06.
Madri - O presidente do governo espanhol, Mariano Rajoy, afirmou nesta quinta-feira que não renunciará nem convocará eleições antecipadas, em resposta ao pedido da oposição, sugeriu essas medidas por considerá-lo responsável por um suposto caso de corrupção em seu partido.
O chefe do Executivo falou hoje no Senado sobre a investigação judicial do ex-tesoureiro do Partido Popular (PP) Luis Bárcenas, nomeado por Rajoy e que declarou a um juiz que no partido havia uma contabilidade paralela secreta, com renda procedente de doações irregulares de empresários, além de salários extras a dirigentes.
Durante o debate, os socialistas pediram a renúncia de Rajoy por sua possível responsabilidade no caso, enquanto a maioria dos grupos reivindicou eleições antecipadas.
A oposição não deu crédito aos argumentos de Rajoy para negar a falsidade das acusações de Bárcenas e usou contra ele o fato de que manteve contatos com o ex-tesoureiro inclusive quando já era investigado e que o PP lhe pagou salários ainda depois que deixasse de ser o responsável pelas contas do partido.
Na réplica, o presidente do governo disse que não vai renunciar nem convocar eleições porque não é culpado de nada, nem violou qualquer lei nem está na política para enriquecer.
Além disso, acrescentou que a convocação de eleições agora, um ano e oito meses depois das eleições anteriores, "é o contrário do que conviria" porque dificultaria a recuperação econômica.
"Não me pedem explicações, apenas que me declare culpado", afirmou Rajoy, que se criticou a oposição: "para eles não interessa o que eu digo, porque não coincide com a versão deles".