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Rajoy afirma que democracia espanhola venceu ETA

O presidente espanhol, Mariano Rajoy, falou sobre o ETA após o anúncio oficial sobre a dissolução do grupo

Rajoy: o presidente afirmou que o ET matou mais de 850 pessoas e que eles serão responsabilizados pelos crimes (/Sergio Perez/Reuters)

Rajoy: o presidente afirmou que o ET matou mais de 850 pessoas e que eles serão responsabilizados pelos crimes (/Sergio Perez/Reuters)

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EFE

Publicado em 4 de maio de 2018 às 09h24.

Última atualização em 4 de maio de 2018 às 09h38.

Madri - O presidente do Governo da Espanha, Mariano Rajoy, afirmou nesta sexta-feira que a democracia espanhola "venceu o grupo terrorista ETA", e lembrou todas suas vítimas "sem reparos nem categorias".

Rajoy pronunciou hoje uma declaração institucional depois que a ETA, que matou mais de 850 pessoas, anunciou na quinta-feira "o final da sua trajetória e o desmantelamento total do conjunto das suas estruturas".

O governante reiterou que os crimes do grupo terrorista vão continuar sendo "investigados e julgados" e as penas continuarão sendo cumpridos, já que "não houve nem haverá impunidade pelos seus crimes".

Rajoy iniciou seu discurso com a lembrança das vítimas da ETA como pessoas "únicas, assassinadas injustamente e cruelmente pelo fanatismo da ETA".

O presidente do Governo espanhol disse que merecem a homenagem de toda a Espanha, da mesma forma que suas famílias e de quem "sobreviveu", mas sofreram também a "crueldade" do grupo.

"Os protagonistas hoje não podem ser os assassinos, mas as vítimas, por humanidade e por questão de democracia", enfatizou Rajoy.

"A sociedade espanhola assumiu que o único relato possível é o das vítimas frente ao totalitarismo de quem pretende impor um regime de terror para atingir objetivos políticos", disse Rajoy.

"Nada devemos (aos terroristas da ETA) nem temos que agradecer a eles, mas demoraram demais em reconhecer a derrota", disse.

Rajoy elogiou a determinação da sociedade espanhola e de suas instituições contra a ETA - que perseguia a independência da região do País Basco - e a unidade dos democratas como "fundamental", além de avaliar o papel da França e do resto da União Europeia que ajudaram a acabar com o grupo.

"Continuamos comprometidos contra a ETA contra o que fez e significou, pois esta passagem da história espanhola foi escrita "com muito sacrifício e dignidade", concluiu.

 

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