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Rainha quer um "terreno comum" nas vésperas de nova votação do Brexit

Em seu discurso para lidar com desafios políticos, a rainha recomendou "receitas experimentadas e testadas" como repeitar pontos de vista diferentes

A rainha Elizabeth e o príncipe Philip no Parlamento britânico (Stefan Rousseau/Reuters)

A rainha Elizabeth e o príncipe Philip no Parlamento britânico (Stefan Rousseau/Reuters)

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EFE

Publicado em 25 de janeiro de 2019 às 07h51.

Londres - A rainha Elizabeth II pediu para que encontrem um "terreno comum" e "respeito aos diferentes pontos de vista" em um discurso que tem sido interpretado como uma mensagem para a próxima votação sobre o Brexit.

Ela recomendou "nunca perder de vista" o objetivo geral, durante discurso realizado na quinta-feira para celebrar o centenário do Instituto da Mulher (WI, sigla em inglês) de Sandringham (leste da Inglaterra), do que é presidente.

No discurso, divulgado hoje pelos veículos de imprensa, Elizabeth II elogiou as tradicionais virtudes do WI - uma rede de associações locais de mulheres - e ressaltou que cada geração "enfrenta novos desafios e oportunidades".

"Ao buscar novas respostas na era moderna, eu pessoalmente prefiro receitas experimentadas e testadas, como falar bem dos outros e respeitar diferentes pontos de vista, unindo-me para encontrar um terreno comum e nunca perder de vista o objetivo geral", afirmou.

"Para mim, essas abordagens são atemporais e eu recomendo a todos", sustentou.

Os comentaristas no Reino Unido interpretaram estas palavras como uma mensagem antes da votação na próxima terça-feira na Câmara dos Comuns de uma moção do governo "neutra" sobre a saída da União Europeia (UE), à qual os deputados de todos os partidos apresentaram numerosas alterações.

O resultado da votação das emendas e a moção determinará que vias no processo do Brexit têm maioria parlamentar, depois da ampla rejeição do último dia 15 do acordo proposto pela primeira-ministra Theresa May.

Como chefe de Estado em uma monarquia parlamentar, a rainha deve permanecer politicamente neutra e não expressar opiniões pessoais, mas não é incomum que ela envie mensagens indiretas quando o país enfrenta desafios importantes.

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