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Radiação está 'extremamente elevada' no reator 4 de Fukushima

Governo americano acredita que ocorreu uma explosão de hidrogênio no reator e disse que situação preocupa

Exames para checar a contaminação em Fukushima: EUA quer uma zona de evacuação maior (©AFP  Yomiuri Shimbun)

Exames para checar a contaminação em Fukushima: EUA quer uma zona de evacuação maior (©AFP Yomiuri Shimbun)

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Da Redação

Publicado em 16 de março de 2011 às 18h24.

Washington - A piscina de armazenamento do reator 4 da central nuclear de Fukushima não contém mais água, acarretando níveis "extremamente elevados" de radiação, declarou nesta quarta-feira o presidente da Comissão americana de Regulação Nuclear (Nuclear Regulatory Commission - NRC).

"Além dos três reatores que estavam funcionando no momento do incidente, um quarto reator representa também agora um motivo de preocupação. Esse reator não estava funcionando no momento do terremoto", declarou o presidente da NRC, Gregory Jaczko, durante uma audiência no Congresso.

"Achamos que houve uma explosão de hidrogênio no nível desse reator", explicou.

"Acreditamos que o cilindro de confinamento secundário foi destruído, que não há mais água na piscina onde ficam as varetas de combustível reciclado e que os níveis de radiação estão extremamente elevados, o que poderá comprometer as operações de segurança" realizadas no local para evitar uma catástrofe, acrescentou.

Gregory Jaczko relatou aos parlamentares americanos os últimos acontecimentos da crise japonesa depois de ter se reunido mais cedo com o presidente Barack Obama.

Ele indicou que, ante uma situação semelhante, os Estados Unidos teriam estabelecido uma zona de evacuação maior do que as autoridades japonesas, que conduziram uma evacuação em um raio de 20 km. Essa é a razão pela qual os Estados Unidos pediram a saída dos americanos que vivem a menos de 80 km da central nuclear de Fukushima.

De acordo com vários especialistas, o esvaziamento da piscina de combustível reciclado do reator 4 na central de Fukushima, já quase vazia, é um cenário catastrófico porque poderá expelir com a evaporação uma quantidade de dejeto radioativo similar à da catástrofe de Chernobyl.

Na França, o Instituto de Radioproteção e de Segurança Nuclear (IRSN), estimou que as próximas 48 horas serão cruciais para o restabelecimento do nível de água na piscina de armazenamento de combustível reciclado do reator 4 de Fukushima, com o perigo de um vazamento "muito grande" de dejetos radioativos.

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