Trem-bala: 80 vagões já foram revisados e que apenas um apresentou problemas (foto/Divulgação)
EFE
Publicado em 20 de dezembro de 2017 às 08h37.
Última atualização em 20 de dezembro de 2017 às 11h39.
Tóquio - A descoberta de uma rachadura de 16 centímetros em trem-bala japonês em movimento, que poderia ter causado um acidente, se transformou no primeiro incidente grave desde que este transporte começou a operar há mais de 50 anos.
A rachadura foi encontrada no chassi de um trem em movimento no dia 11 de dezembro, confirmou nesta quarta-feira à Agência Efe um porta-voz da companhia ferroviária que opera o serviço, a West Japan Railway (JR West), que explicou que 80 vagões já foram revisados e que apenas um apresentou problemas.
Segundo o Ministério de Transporte japonês, este é o primeiro "incidente grave" que afeta o sistema de trem de alta velocidade japonês e poderia ter ocasionado um descarrilamento.
A rachadura encontrava-se no marco de aço que sustentava o conjunto de rodas do modelo Nozomi 34 que fazia a rota entre Hakata (sul) e Tóquio. Estava a ponto de romper-se, razão pela qual, se o trem tivesse continuado em movimento, teria ocasionado um acidente sério.
O modelo Nozomi tem capacidade para mais de 1.300 passageiros.
O trem-bala teve de ser parado na estação de Nagoya, a 350 quilômetros do seu destino final, após circular durante mais de três horas com cheiro e barulho anormais.
"O incidente é inaceitável e estamos conscientes de que se trata de um caso grave", disse hoje o presidente da JR West, Tatsuo Kijima, em entrevista coletiva.
Kijima lamentou que o trem não tenha sido parado "imediatamente depois de notar as irregularidades" e garantiu que os detalhes do incidente estão sendo investigados para evitar que se repita.
A segurança se transformou em uma prioridade para a companhia ferroviária depois que o descarrilamento de um trem em 2005 causou a morte de 106 passageiros e do condutor na província de Hyogo.