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Reino Unido mantém 'todas opções' de sanções à Rússia

William Hague, ministro britânico das Relações Exteriores, disse que ainda não definiu o tipo de sanção mais conveniente

William Hague: ministro britânico das Relações Exteriores do Reino Unido (Reuters)

William Hague: ministro britânico das Relações Exteriores do Reino Unido (Reuters)

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Da Redação

Publicado em 4 de março de 2014 às 10h58.

Londres - O governo do Reino Unido 'mantém abertas todas as opções' de sanções à Rússia por sua incursão militar na Ucrânia, assegurou nesta terça-feira o ministro britânico das Relações Exteriores, William Hague em um discurso na câmara dos Comuns (dos deputados).

Questionado pelos deputados presentes, Hague indicou que ainda não definiu o tipo de sanção mais conveniente e ressaltou que qualquer medida será tomada 'em conjunção com os parceiros internacionais'.

O ministro considerou 'lamentável' o vazamento de um documento oficial que aconselhava o Executivo a descartar as sanções comerciais, já que isso danificaria os interesses do país, e assegurou que o texto 'não necessariamente é uma guia' sobre a decisão que finalmente será tomada pelo governo.

Ontem, o primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron, presidiu uma reunião do Conselho Nacional de Segurança para analisar uma possível resposta à crise na Ucrânia, na qual a imprensa pôde fotografar um documento que era levado por um assessor governamental ao entrar em Downing Street.

Este documento, divulgado pela imprensa britânica, recomendava restrições de vistos e proibição de viagens, mas assinalava que 'o Reino Unido não deve apoiar, por enquanto, sanções comerciais (...) ou fechar o centro financeiro de Londres aos russos'.

Ao término desta reunião, Cameron disse que a Rússia enfrentará 'pressões diplomáticas, políticas, econômicas e de outro tipo' por sua incursão militar na península autônoma ucraniana da Crimeia, embora não tenha citado quais seriam essas medidas.

Em seu discurso de hoje, Hague reiterou que o Reino Unido buscará uma solução 'pacífica' ao conflito e disse que 'é errôneo questionar a legitimidade' do novo governo ucraniano, referendado 'pela maioria' por seu Parlamento após a destituição do presidente Viktor Yanukovich, refugiado na Rússia, por abandono de suas funções.

Hague também revelou que, em sua recente viagem a Kiev, ofereceu 'assessoria financeira' ao Executivo interino de Arseni Yatseniuk e ajuda para localizar e devolver possíveis 'ativos roubados'.

O chefe do Foreign Office, que deverá fazer outra declaração oficial sobre a Ucrânia na câmara dos Comuns ainda hoje, admitiu que a Rússia 'tem interesses legítimos na Ucrânia', mas ressaltou que isso não deve ser um pretexto para 'violar sua soberania'. EFE

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