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15 anos de prisão para estupradores de adolescente no Quênia

O caso ganhou repercussão após a denúncia de que a polícia havia libertado três dos suspeitos, depois de pedir que capinassem os arredores da delegacia

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 13 de abril de 2015 às 13h35.

Nairóbi - Três homens que espancaram e estupraram Liz, uma adolescente queniana de 16 anos deixada morta em uma fossa séptica, foram condenados nesta segunda-feira a 15 anos de prisão no Quênia, anunciou uma advogada da vítima.

O caso provocou um escândalo no Quênia depois que a imprensa revelou que a polícia havia libertado três dos seis supostos estupradores depois de pedir apenas que capinassem os arredores da delegacia.

"Está claro que esta condenação terá repercussões positivas em todo o Quênia e na região" da África oriental, declarou em um comunicado Kimberly Brown, advogada da ONG Equality Now, que apoiava a vítima.

"O fato de que o caso de 'Liz' - um pseudônimo - (...) tenha precisado superar grandes obstáculos, apesar do forte apoio nacional e mundial, ilustra as injustiças sofridas pelas vítimas" deste tipo de agressões, acrescentou.

O julgamento começou em junho de 2014, um ano depois da brutal agressão contra a adolescente, com apenas um dos acusados no banco dos réus, já que os outros cinco estavam foragidos.

A polícia deteve posteriormente outros dois supostos culpados, mas não se sabe o paradeiro dos últimos três acusados.

A promotoria não abriu diligências até fevereiro de 2014, enquanto crescia o escândalo no Quênia e mais de 1,8 milhão de pessoas no mundo assinavam uma petição para conseguir justiça para Liz.

"O Quênia se orgulha de ter um marco legal e político entre os mais progressistas para atuar ante a violência sexual, mas o caso de Liz e de muitos outros mostraram graves deficiências por parte das autoridades locais (...)", afirmou Brown.

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