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"Queremos ver os corpos", diz mãe de tripulante de submarino

Segundo Yolanda Mendiola, mãe do tripulante Leandro Cisneros, famílias precisam que corpos sejam encontrados para que possam ter um luto

Submarino: a Marinha descarta a possibilidade de resgatar os tripulantes com vida (Marcos Brindicci/Reuters)

Submarino: a Marinha descarta a possibilidade de resgatar os tripulantes com vida (Marcos Brindicci/Reuters)

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EFE

Publicado em 1 de dezembro de 2017 às 09h01.

Mar del Plata (Argentina) - "Queremos que os tirem, queremos ver os corpos. Nós precisamos ter um luto", disse nesta quinta-feira Yolanda Mendiola, mãe do tripulante Leandro Cisneros, desaparecido junto com mais 43 marinheiros no submarino ARA San Juan no dia 15 de novembro nas águas do sul do Atlântico.

A Marinha argentina anunciou nesta quinta-feira que se descarta a possibilidade de resgatar os tripulantes do submersível por causa do tempo transcorrido desde o seu desaparecimento e após um intenso rastreamento da região onde se acredita que ele está, embora tenha destacado que vai continuar com a busca no oceano com a colaboração de vários países.

"Dizem que já não é um resgate", confirmou Mendiola na cidade de Mar del Plata, situada ao sul da província de Buenos Aires, onde os familiares dos 44 marinheiros estão sendo atendidos por psiquiatras e psicólogos desde o desaparecimento da ARA San Juan.

Muitos deles, como afirmou a mulher, mantêm a esperança de que seus entes queridos retornem.

A mãe de Cisneros, original da província de Jujuy (norte), explicou que alguns dos familiares precisam de assistência após saber da notícia, e acrescentou que os "mais próximos" aos tripulantes ainda permanecem no hotel próximo à base naval marplatense, onde o submarino teria que ter chegado há mais de dez dias.

Ela, por sua vez, declarou que vai ficar "até que o encontrem".

Segundo narrou, a Marinha lhes disse durante nesta tarde que "há poucas probabilidades" de encontrar os tripulantes com vida, mas asseguraram que continuarão a busca.

O capitão de navio e porta-voz da Marinha argentina Enrique Balbi, na sua fala para a imprensa sobre a busca do submarino, foi consultado sobre se esta mudança de fase representa que não vai mais se resgatar os tripulantes com vida, ao que declarou que "até que tenha a localização não vai ser dada uma confirmação categórica a respeito".

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