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Quênia aprova saída de Tribunal Penal da ONU

Parlamento está usando o argumento de que EUA e outros países poderosos não são membros para sair antes do presidente e vice serem julgados em Haia


	Uhuru Kenyatta: presidente enfrenta junto com seu vice acusações de crimes contra a humanidade
 (How Hwee Young/Reuters)

Uhuru Kenyatta: presidente enfrenta junto com seu vice acusações de crimes contra a humanidade (How Hwee Young/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 5 de setembro de 2013 às 18h37.

Nairobi, Kenya - O Parlamento do Quênia aprovou nesta quinta-feira uma moção para deixar de fazer parte do Tribunal Penal Internacional antes de o presidente e o vice do país enfrentarem julgamento em Haia, acusados de orquestrarem uma onda de violência no país há mais de cinco anos atrás.

Sob o argumento de que os EUA e outros países poderosos do mundo não serem membros, o líder da maioria no Parlamento, Adan Duale, defendeu a saída do Kenia do Tribunal Penal.

Apesar de a moção ter sido facilmente aprovada após a saída dos membros do partido de oposição do Parlamento, o Quênia apenas pode deixar de fazer parte do Tribunal a partir de uma notificação formal do secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU) ao governo e não por decisão do Parlamento.

O debate no Quênia é uma reação ao início na próxima semana do julgamento em Haia do vice-presidente William Ruto. O vice e o presidente Uhuru Kenyatta enfrentam acusações de crimes contra a humanidade por terem ajudado a orquestrar a violência ocorrida em 2007-2008 que matou mais de mil pessoas.

Kenyatta, que foi eleito presidente no começo deste ano, enfrentará o mesmo tribunal em novembro. Os dois líderes disseram que vão cooperar com a Corte.

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