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Quem votou a favor da Palestina 'terá menos influência', diz Israel

Embaixador do país classificou a entrada da Palestina na Unesco de 'ficção científica'

A resolução foi adotada por 107 votos a favor, 52 abtenções e 14 votos contra (Miguel Medina/AFP)

A resolução foi adotada por 107 votos a favor, 52 abtenções e 14 votos contra (Miguel Medina/AFP)

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Da Redação

Publicado em 31 de outubro de 2011 às 11h48.

Paris - Os países que, como a França, apoiaram o pedido de adesão da Palestina na Unesco, verão sua influência sobre Israel enfraquecer, afirmou nesta segunda-feira o embaixador israelense, Nimrod Barkan.

"Isto vai enfraquecer a capacidade deles de influenciar na posição de Israel", principalmente em relação ao processo de paz, disse à AFP.

Os países que votaram sim "adotaram uma versão de ficção científica da realidade ao admitirem um Estado que não existe nesta organização encarregada da ciência... A Unesco deve se preocupar com a ciência e não com a ficção científica", acrescentou.

A resolução que aceitou a Palestina como membro da Unesco foi aprovada com 107 votos a favor, 14 contra e 52 abstenções, durante a Conferência Geral da organização da ONU responsável pela ciência, cultura e educação.

A surpresa veio da França que, após fazer várias considerações, finalmente se pronunciou em favor da admissão da Palestina.

"A Unesco, não é o local e nem o momento. Tudo deve acontecer em Nova York", dizia até sexta-feira o porta-voz do Ministério francês das Relações Exteriores, Bernard Valero, justificando que a admissão na Unesco não poderia preceder a votação do pedido de adesão na ONU apresentado pelos palestinos no dia 23 de setembro.

Paris justificou nesta segunda-feira seu voto surpresa. "Hoje, a questão apresentada era para saber se a comunidade internacional responderia sim ou não ao pedido de adesão palestino na Unesco", afirmou Bernard Valero.

"A partir deste momento, devemos assumir a responsabilidade e responder sobre o mérito. E sobre este mérito, a França diz que sim, a Palestina tem o direito de se tornar membro da Unesco, desta organização cuja missão é trabalhar para a generalização de uma cultura de paz dentro da comunidade internacional", concluiu.

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