Mamberti é prefeito do Supremo Tribunal da Assinatura Apostólica, a mais alta instância judicial do Vaticano (Alberto Pizzoli / AFP)
Repórter
Publicado em 5 de maio de 2025 às 16h02.
O cardeal francês Dominique Mamberti será o responsável por anunciar ao mundo o novo papa com a tradicional frase "Habemus Papam" ao término do conclave que se inicia em 7 de maio de 2025.
Aos 73 anos, Mamberti ocupa o cargo de cardeal protodiácono, título conferido ao cardeal mais antigo da ordem dos diáconos, o que lhe confere a honra de proclamar a eleição do novo pontífice a partir da sacada central da Basílica de São Pedro, em Roma.
Nascido em Marrakesh, no Marrocos, Mamberti é advogado de formação e possui uma longa trajetória diplomática na Santa Sé, tendo atuado como núncio apostólico em países como Argélia, Chile e Líbano.
Atualmente, ele é prefeito do Supremo Tribunal da Assinatura Apostólica, a mais alta instância judicial do Vaticano, e cardeal-protodiácono do Colégio dos Cardeais. Mamberti, que fala inglês, espanhol, francês e italiano, também trabalhou no escritório da Santa Sé na sede das Nações Unidos, em Nova York.
Após a emissão da fumaça branca indicando a escolha do novo papa, Mamberti aparecerá na loggia da Basílica de São Pedro para anunciar em latim: "Annuntio vobis gaudium magnum: Habemus Papam!", seguido do nome de batismo do eleito e o nome papal escolhido. Em seguida, o novo pontífice fará sua primeira aparição pública e concederá a bênção "Urbi et Orbi".
A expectativa é grande para este momento solene, que marcará o início de um novo capítulo na história da Igreja Católica.
Conclave é o nome dado à reunião fechada dos cardeais da Igreja Católica com a finalidade de eleger um novo papa. A palavra vem do latim cum clave, que significa "com chave", ou seja, um encontro realizado sob sigilo absoluto e com os participantes literalmente trancados até que a eleição seja concluída.
Quem participa: todos os cardeais com menos de 80 anos têm o direito de voto. Atualmente, são cerca de 120 cardeais eleitores.
Local: o conclave acontece na Capela Sistina, no Vaticano, em um ambiente cuidadosamente controlado para garantir privacidade e segurança.
Regra da maioria: para que um cardeal seja eleito papa, ele precisa obter dois terços dos votos dos presentes.
Sigilo e isolamento: durante o conclave, os cardeais ficam hospedados na Casa Santa Marta e são proibidos de manter qualquer tipo de contato com o mundo exterior. Dispositivos eletrônicos, como celulares, são vetados.
Fumaça branca ou preta: após cada rodada de votação, as cédulas são queimadas. A cor da fumaça que sai da chaminé da Capela Sistina indica o resultado:
Fumaça preta: nenhum papa foi eleito.
Fumaça branca: um novo papa foi escolhido.
Habemus Papam: após a eleição, o cardeal protodiácono (hoje Dominique Mamberti) aparece na sacada da Basílica de São Pedro para anunciar ao mundo, em latim: “Habemus Papam” (“Temos um papa”), seguido do nome do novo pontífice.
A palavra conclave vem do latim cum clave, que significa literalmente "com chave". Ela era usada para descrever um local fechado à chave, em que ninguém podia entrar ou sair — o que remete diretamente à prática da Igreja Católica de isolar os cardeais eleitores durante o processo de escolha de um novo papa.
Hoje, "conclave" é usado principalmente em dois sentidos:
Religioso (original e principal): refere-se ao encontro secreto dos cardeais da Igreja Católica, convocado para eleger um novo papa. É o uso tradicional e canônico do termo.
Figurado (uso moderno): em um sentido mais amplo, a palavra pode ser usada para descrever qualquer reunião fechada, sigilosa ou reservada, especialmente entre autoridades, dirigentes ou especialistas que precisam tomar uma decisão importante. Exemplo: "O conclave de líderes empresariais definiu a nova estratégia do setor."