Mundo

Quem patrocina terrorismo está sujeito a ataque, diz Trump ao Irã

Os EUA acusam o Irã de patrocinar o terrorismo por meio de seu apoio ao grupo xiita libanês Hezbollah e a milícias palestinas em Gaza, entre outros

Trump: "Salientamos que os Estados que patrocinam o terrorismo se arriscam a converter-se em vítimas do próprio mal que promovem" (Jonathan Ernst/Reuters)

Trump: "Salientamos que os Estados que patrocinam o terrorismo se arriscam a converter-se em vítimas do próprio mal que promovem" (Jonathan Ernst/Reuters)

E

EFE

Publicado em 7 de junho de 2017 às 18h39.

Washington - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, lamentou nesta quarta-feira os atentados que deixaram pelo menos 12 mortos em Teerã, mas sugeriu que o Irã propiciou os ataques por meio de seu "patrocínio do terrorismo" no Oriente Médio.

"Salientamos que os Estados que patrocinam o terrorismo se arriscam a converter-se em vítimas do próprio mal que promovem", disse Trump em um comunicado divulgado pela Casa Branca.

"Choramos e rezamos pelas vítimas inocentes dos ataques terroristas no Irã, e pelo povo iraniano, que atravessa tempos tão difíceis", acrescentou o governante em seu breve comunicado.

Os Estados Unidos acusam o Irã de patrocinar o terrorismo por meio de seu apoio ao grupo xiita libanês Hezbollah, a milícias palestinas em Gaza, aos rebeldes houthis do Iêmen e às milícias que lutam na Síria ao lado do regime de Bashar al Assad.

A mensagem de Trump contrasta com a reação mais tradicional expressada algumas horas antes pelo Departamento de Estado americano, que condenou os ataques e expressou suas condolências às vítimas e suas famílias.

"A depravação do terrorismo não tem cabimento em um mundo pacífico e civilizado", declarou em um comunicado a porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, Heather Nauert.

O governo americano não respondeu à acusação dos Guardiões da Revolução do Irã, que hoje destacaram que os ataques aconteceram semanas após a recente reunião em Riad de Trump com "um dos governos reacionários (o saudita) que sempre apoiou os terroristas takfiris".

Esse corpo militar iraniano vinculou assim os Estados Unidos e a Arábia Saudita com os atentados, que tiveram como alvo o parlamento e o mausoléu do ex-líder supremo Ruhollah Khomeini em Teerã, e deixaram pelo menos 12 mortos e 42 feridos.

Uma fonte do Departamento de Estado não quis responder hoje às perguntas da Efe sobre essa acusação iraniana, e se limitou a indicar que o governo americano "não tem nada mais" que acrescentar a respeito dos ataques.

Os Estados Unidos tampouco esclareceram se os seus serviços de inteligência confirmaram independentemente que o Estado Islâmico (EI) é o responsável dos ataques, algo que marcaria o primeiro atentado desse grupo terrorista no Irã.

Os atentados coincidem com um momento de turbulências no Oriente Médio, depois que vários países do Golfo Pérsico e da África romperam relações diplomáticas com o Catar, devido ao seu suposto apoio ao terrorismo e também, em parte, à sua boa relação com o Irã, grande inimigo na região da Arábia Saudita e de seus aliados.

Trump propôs hoje uma reunião na Casa Branca às partes envolvidas no litígio diplomático com o Catar "para ajudar-lhes a resolver suas diferenças", durante uma conversa por telefone com o emir catariano, Tamim bin Hamad al-Thani.

Acompanhe tudo sobre:Ataques terroristasDonald TrumpEstados Unidos (EUA)Irã - País

Mais de Mundo

Votação antecipada para eleições presidenciais nos EUA começa em três estados do país

ONU repreende 'objetos inofensivos' sendo usados como explosivos após ataque no Líbano

EUA diz que guerra entre Israel e Hezbollah ainda pode ser evitada

Kamala Harris diz que tem arma de fogo e que quem invadir sua casa será baleado