Mundo

Quem é Luisa González, pupila de Correa que surpreendeu e chegou ao segundo turno no Equador

Advogada, evangélica e mestre em administração e economia, a política equatoriana tenta recolocar à esquerda no poder no país sul-americano

Agência o Globo
Agência o Globo

Agência de notícias

Publicado em 10 de fevereiro de 2025 às 10h28.

Última atualização em 10 de fevereiro de 2025 às 10h29.

Tudo sobreEquador
Saiba mais

O resultado alcançado na eleição presidencial realizada no domingo surpreendeu a tendência que era indicada pelas pesquisas. Luisa González, herdeira política do ex-presidente Rafael Correa, conseguiu reverter a vantagem do atual presidente, Daniel Noboa, com quem vai reeditar a disputa de segundo turno de 2023, na segunda parte do pleito, marcada para 13 de abril.

Advogada, evangélica e mestre em administração e economia, Luisa, de 47 anos, voltou à corrida presidencial tendo como principal apoiador Correa, que endossa sua candidatura da Bélgica — condenado à revelia por suborno no Equador, o ex-presidente recebeu asilo político no país europeu. Ela lidera o movimento Revolução Cidadã, como Correa chamou seu mandato de dez anos. Em seus comícios, repetiu como um mantra o slogan "Vamos reviver o Equador".

"Obrigado Equador, porque esta vitória é sua", disse Luisa quando as urnas estavam quase 70% apuradas, afirmando haver um "empate técnico". "Daniel Noboa representa o medo, nós representamos a esperança, a mudança para transformar este país".

A candidata também acenou para outros concorrentes, parabenizando as votações conquistadas. Ela mencionou nominalmente Leonidas Iza, terceiro candidato mais votado no primeiro turno, com cerca 5,2% dos votos.

Embora o ex-presidente seja um apoio importante, que potencializou a candidatura de Luisa, ela enfrenta continuamente perguntas sobre o peso que Correa teria em seu governo.

"Eu sou a candidata. Quem governará será Luisa González", declarou durante a campanha.

Seus adversários acusam Correa de ter mantido alianças com máfias que mergulharam o Equador em uma escalada de violência sem precedentes, algo que a política rebateu como uma acusação vazia, com objetivo de dividir a base de esquerda.

"Eles nos semearam ódio, divisão e polarização porque se estivéssemos divididos, poderiam nos dominar e nos manter como estamos hoje: deprimidos, sem nossos direitos", afirmou a candidata.

Uma das duas únicas candidatas mulheres, ao lado da ambientalista e anticorreísta Andrea González, entre 16 presidenciáveis, Luisa é mãe de dois filhos, de 31 e 11 anos. Ciclista, maratonista e apaixonada por tatuagens e cães, ela afirma ter outros dois filhos: seus cachorros Wanda e Bruno.

Ela foi deputada antes de lançar sua primeira candidatura presidencial em 2023, quando venceu o primeiro turno (34%), seguida por Noboa (23%).

"Tenho uma família que me absorve e o trabalho é minha paixão", declarou a política.

Acompanhe tudo sobre:EquadorEleições

Mais de Mundo

Israel ordena saída de moradores no norte de Gaza após disparos de foguetes contra o país

Israel mata chefe da inteligência militar do Hamas no sul da Faixa de Gaza

Governo Trump proíbe entrada de Cristina Kirchner nos EUA

Departamento de Justiça dos EUA tenta blindar Trump de processos civis por ataque ao Capitólio