Candidato republicano à vice-presidência, EUA. Sen. JD Vance (R-OH) fala como candidato presidencial republicano, ex-EUA O presidente Donald Trump e a ex-primeira-dama Melania Trump ouvem durante um evento noturno eleitoral no Centro de Convenções de Palm Beach em 6 de novembro de 2024 em West Palm Beach, Flórida. Os americanos votaram hoje na corrida presidencial entre o ex-presidente candidato republicano Donald Trump e a vice-presidente Kamala Harris, bem como nas múltiplas eleições estaduais que determinarão o equilíbrio de poder no Congresso (AFP)
Redação Exame
Publicado em 6 de novembro de 2024 às 09h10.
Última atualização em 6 de novembro de 2024 às 09h47.
Escolhido em julho para fazer parte da chapa republicana de Donald Trump, James David Vance, mais conhecido como J.D. Vance, é o novo vice-presidente dos Estados Unidos.
Senador por Ohio, o republicano não foi um apoiador de primeira ordem de Trump, mas tem fama de bom arrecadador de recursos — um fator importante em um país onde as vitórias políticas são obtidas ao custo de bilhões de dólares.
Vance era a alternativa mais jovem entre os pré-candidatos avaliados por Trump, com 39 anos. Ele serviu no Corpo de Fuzileiros Navais dos EUA e chegou a ser enviado para missão no Iraque, antes de retornar ao seu país se formar em Ciência Política e Filosofia pela Universidade Estadual de Ohio e Direito pela Universidade Yale, onde foi editor do The Yale Law Journal e presidente da Associação de Veteranos de Direito de Yale.
"Após longa deliberação e reflexão, e considerando os enormes talentos de muitas outras pessoas, decidi que a pessoa mais adequada para assumir o cargo de vice-presidente dos Estados Unidos é o senador JD Vance, do grande Estado de Ohio", anunciou Trump em sua rede social, Social Truth, durante a abertura da Convenção Nacional Republicana deste ano, quando anunciou seu companheiro de chapa.
A vida de J.D Vance foi parar no streaming depois de uma adaptação feita pela Netflix do livro autobiográfico, lançado em 2016, "Hillbilly Elegy", em português "Era uma vez um sonho" onde sua avó é descrita como sua "grande salvadora", dizendo que "seu amor e disciplina o mantiveram no caminho certo" , em um contexto onde ele e sua irmã foram criados pela mãe que possuia um vício em drogas.
Mesmo com essa relação materna conturbada, ele optou por trocar seu nome, registrado como "James Donald Bowman", por conta do abandono paterno.
J.D Vance ganhou visibilidade política após a repercussão da sua autobiografia. Foi eleito senador por Ohio em 2023, visto pela direita norte-americana como um defensor dos valores conservadores. Sua eleição aconteceu depois e conquistar 53% dos votos.
Antes de disputar uma vaga no Senado, Vance aparecia como um crítico a Donald Trump já tendo o chamado de "repreensível" e chamando-o de "heroína cultural". Essa postura mudou depois que recebeu apoio do magnata em 2022, quando o endosso o colocou à frente de uma disputa concorrida e garantiu sua vitória.
Uma vez escolhido para a chapa republicana, o então senador tornou-se um dos maiores defensores de Trump. Durante o contexto do atentado sofrido pelo então candidato, Vance atribuiu o tiroteio às falas de Joe Biden.
"A premissa central da campanha de Biden é que o presidente Donald Trump é um fascista autoritário que deve ser detido a todo custo. Essa retórica levou diretamente à tentativa de assassinato do presidente Trump", escreveu Vance no X na época.