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Quatro suspeitos são presos por atentados na Turquia

Os quatro suspeitos, que não tiveram as identidades reveladas, foram acusados de "fabricação de artefatos explosivos com a intenção de matar"


	Ataque terrorista na Turquia: autoridades turcas apontam o grupo jihadista Estado Islâmico (EI) como o principal suspeito do ataque
 (Reuters)

Ataque terrorista na Turquia: autoridades turcas apontam o grupo jihadista Estado Islâmico (EI) como o principal suspeito do ataque (Reuters)

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Da Redação

Publicado em 19 de outubro de 2015 às 10h28.

A justiça turca indiciou e prendeu na noite deste domingo quatro pessoas como parte da investigação do duplo atentado que deixou 102 mortos há duas semanas durante uma manifestação pacífica em Ancara, informou a agência Anatólia.

Os quatro suspeitos, que não tiveram as identidades reveladas, foram acusados de "fabricação de artefatos explosivos com a intenção de matar e tentativa de perturbar a ordem constitucional".

A promotoria de Ancara, por sua vez, libertou dois outros suspeitos e emitiu uma ordem de prisão contra nove pessoas, suspeitas de terem participado no ataque, o mais violento da história da Turquia.

As autoridades turcas apontam o grupo jihadista Estado Islâmico (EI) como o principal suspeito do ataque de 10 de outubro diante a estação central de Ancara, durante uma manifestação da oposição pró-curda.

Segundo a imprensa local, a polícia suspeita que dois jovens turcos, da cidade de Adiyaman (sul), reduto islamita, sejam os autores do ataque.

Um deles é irmão do suposto autor de um ataque anterior atribuído ao EI, que deixou 34 mortos em julho, em Suruç, perto da fronteira síria.

No domingo, 50 estrangeiros foram detidos em Istambul durante uma operação contra círculos jihadistas ligados ao EI.

De acordo com o canal NTV, a operação aconteceu no distrito de Pendik, bairro afastado que fica na margem asiática da cidade. A emissora não informou a nacionalidade das pessoas detidas.

A agência de notícias Dogan afirmou que os suspeitos pretendiam viajar para o Iraque e a Síria, com o objetivo de lutar para o EI.

A poucas semanas das eleições legislativas antecipadas de 1º de novembro, parte da oposição critica o governo e o presidente Recep Tayyip Erdogan, acusado de não ter assegurado a proteção da manifestação pró-curda.

Os críticos mais ferrenhos chegaram a acusar o governo de ter estimulado os autores do atentado.

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