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Quatro milhões de sírios necessitarão de ajuda em 2013

A ONU estima agora que o número total de refugiados nos vizinhos Turquia, Jordânia, Líbano e Iraque possa chegar a 700.000 em 2013


	Família de refugiados cruza a fronteira com a Turquia: a Síria é assolada por um conflito armado desde a militarização de uma revolta popular nascida em março de 2011
 (AFP)

Família de refugiados cruza a fronteira com a Turquia: a Síria é assolada por um conflito armado desde a militarização de uma revolta popular nascida em março de 2011 (AFP)

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Da Redação

Publicado em 9 de novembro de 2012 às 15h41.

Genebra - Quatro milhões de sírios precisarão de ajuda no próximo ano, afirmou nesta sexta-feira Hohn Ging, diretor da Agência das Nações Unidas para Ajuda Humanitária (OCHA).

"No início do próximo ano, nós prevemos que o número de pessoas que precisarão de ajuda vai superar os quatro milhões, acima de dois milhões e meio (estimados até então). Isso vai continuar a aumentar", declarou aos jornalistas.

Pouco antes, o Alto Comissariado da ONU para Refugiados (Acnur) havia indicado que cerca de 11.000 sírios tinham buscado refúgio nas últimas 24 horas em países vizinhos, sendo 9.000 na Turquia, 1.000 na Jordânia e 1.000 no Líbano.

A ONU estima agora que o número total de refugiados nos vizinhos Turquia, Jordânia, Líbano e Iraque possa chegar a 700.000 em 2013. O novo registro da Acnur apresentado nesta sexta já indicava 408.000.

Ging, que concedeu uma entrevista coletiva à imprensa ao término do 6º Fórum Humanitário sobre a Síria, realizado em Genebra, ressaltou que esses números "não são relativos ao pior cenário".

"É um cenário terrível que deveria inspirar e motivar" os políticos a redobrar seus esforços para acabar com o conflito.

A Síria é assolada por um conflito armado desde a militarização de uma revolta popular nascida em março de 2011. A violência causou a morte de 37 mil pessoas em 20 meses, de acordo com o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSHDH), uma ONG com sede na Grã-Bretanha que se baseia em registros de militantes e médicos no terreno.

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