Mundo

Quase metade das cidades chinesas estão afundando, aponta pesquisa

Segundo levantamento, 16% da área mapeada estão afundando mais do que 10 milímetros por ano

Em um século, Xangai afundou cerca de três metros (AerialPerspective Images/Getty Images)

Em um século, Xangai afundou cerca de três metros (AerialPerspective Images/Getty Images)

Publicado em 19 de abril de 2024 às 07h32.

Quase metade das principais cidades da China estão afundando devido à extração de água e à rápida expansão de seu peso. A descoberta é fruto de um novo estudo publicado no periódico científico Science.

O estudo revelou ainda que um em cada dez residentes das cidades costais chinesas podem viver abaixo do nível do mar dentro de um século. O processo é resultado também da mudança climática, aponta a pesquisa.

No país, muitas pessoas vivem em regiões recentemente sedimentadas. Assim, quando se retira água do solo dessas áreas, ele tende a ceder.

Não é a primeira vez em que a China tem que se preocupar com o assunto. No último século, por exemplo, Xangai afundou cerca de três metros.

Segundo o levantamento, 16% da área mapeada de grandes cidades do país estão afundando mais do que 10 milímetros por ano. Já 45% estão afundando mais do que 3 milímetros anuais. Isso significa que aproximadamente 67 milhões de pessoas estão vivendo em regiões sujeitas a esse processo em um ritmo considerado rápido.

Não se trata do único país que tem que lidar com a chamada subsidência, processo de deslocamento de terrenos. Na Holanda, por exemplo, quase um quarto do território já está abaixo do nível do mar.

Projeta-se ainda que, até 2040, quase 20% da população mundial viva em terras sujeitas à subsidência.

Acompanhe tudo sobre:ChinaGeografia

Mais de Mundo

Peru decreta emergência em três regiões afetadas por incêndios florestais

Putin reconhece que residentes das regiões fronteiriças estão enfrentando dificuldades

Rival de Maduro na Venezuela diz que assinou documento sob 'coação' e o considera nulo

Príncipe saudita descarta acordo com Israel sem reconhecimento do Estado palestino