Consumidor registra a sua digital em um processo para comprar mantimentos em um supermercado estatal de Caracas (Carlos Garcia Rawlins/Reuters)
Da Redação
Publicado em 25 de setembro de 2014 às 22h29.
Caracas - A Venezuela prendeu 794 pessoas desde meados de agosto por supostamente contrabandear produtos básicos e combustível subsidiados para países vizinhos, em meio a uma campanha do presidente Nicolás Maduro para reduzir a escassez que tira o sono dos venezuelanos.
Foram colocadas atrás das grades 631 pessoas, outras 119 ganharam liberdade enquanto esperam julgamento e 25 ainda aguardam audiência, explicou a diretora-geral contra a Delinquência Organizada do Ministério Público, Yuraima Gil.
"O maior número de pessoas detidas foi registrado em Zulia (oeste do país, na fronteira com a Colômbia), onde 477 detidos foram contabilizados", disse Gil a uma rádio nesta quinta-feira.
Como parte de sua campanha para acabar com o contrabando de alimentos e combustível subsidiados para a Colômbia e algumas ilhas do Caribe, Maduro determinou em agosto o fechamento noturno da fronteira colombo-venezuelana, e anunciou um sistema de detectores de impressão digital que restringe a compra de produtos escassos em supermercados estatais.
Os opositores ao presidente socialista dizem que o contrabando tem crescido nos últimos anos devido à cumplicidade entre as Forças Armadas da Venezuela e contrabandistas.