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Quase 100 jornalistas foram atacados no último mês

Jornalistas sofreram com detenções arbitrárias, roubos e agressões físicas durante este mês de protestos que abalam a Venezuela

Jornalistas manifestam-se em Caracas: Caracas e outras cidades venezuelanas  registram há um mês protestos, muitos deles com incidentes violentos  (Juan Barreto/AFP)

Jornalistas manifestam-se em Caracas: Caracas e outras cidades venezuelanas registram há um mês protestos, muitos deles com incidentes violentos (Juan Barreto/AFP)

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Da Redação

Publicado em 12 de março de 2014 às 13h56.

Caracas - Quase uma centena de jornalistas, incluindo 28 correspondentes estrangeiros, sofreram com detenções arbitrárias, roubos e agressões físicas durante este mês de protestos que abalam a Venezuela, denunciou nesta quarta-feira o Sindicato Nacional de Trabalhadores da Imprensa (SNTP).

"Até 11 de março, 97 trabalhadores da imprensa foram vítimas de ataques por membros da segurança do Estado, civis armados e manifestantes", disse Marco Ruiz, secretário-geral do SNTP.

Caracas e outras cidades venezuelanas, como Mérida, Valencia, Barquisimeto e Maracay, registram há um mês protestos da oposição, muitos deles com incidentes violentos, que fizeram 21 mortos e mais de 300 feridos.

Como vários jornalistas foram agredidos mais de uma vez, a lista de ataques do SNTP ultrapassa 120, segundo um comunicado.

"A maioria das agressões contra os trabalhadores da mídia durante este mês foram realizadas por funcionários do Estado, num total de 61 casos", acrescentou o relatório.

O registro também destaca "15 relatos de ataques realizados por civis armados (...) identificados como partidários do governo".

A lista de correspondentes estrangeiros que sofreram algum tipo de violência inclui repórteres de redes de televisão CNN, Telemundo, TV Globo, do jornal The New York Times e das agências Reuters, Associated Press e Agence France-Presse.

Os protestos estudantis começaram em 4 de fevereiro, quando manifestantes de San Cristóbal denunciaram a tentativa de assalto e estupro de uma universitária.

Em seguida, os protestos se estenderam por diferentes localidades, com reivindicações contra a crise econômica, a inflação anual de 56%, a repressão policial e a prisão de ativistas políticos e líderes da oposição.

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