Homem e criança cruzam fronteira da Venezuela com a Colômbia: na capital do departamento, Cúcuta, está montada uma base de assistência humanitária para atender os desabrigados pela crise (Reuters / Manuel Hernandez)
Da Redação
Publicado em 8 de setembro de 2015 às 12h58.
Bogotá - O Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA, na sigla em inglês) divulgou nesta terça-feira a estimativa de que 1.467 foram expulsos da Venezuela, devido a crise fronteiriça envolvendo os dois países, que eclodiu 20 dias atrás.
Ainda de acordo com os dados do último relatório do órgão, que contém dados referentes até ontem, 7 de setembro, 18.619 cidadãos da Colômbia saíram da nação vizinha voluntariamente.
A OCHA apontou que, enquanto no departamento colombiano de Norte de Santander, não houve novas expulsões desde 26 de agosto, em outros, o número segue aumentando.
Das pessoas que voltaram voluntariamente ao país, "aproximadamente 17.462" utilizaram a fronteira de Norte de Santander. Na capital do departamento, Cúcuta, está montada uma base de assistência humanitária para atender os desabrigados pela crise.
Em 19 de agosto, o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, ordenou o fechamento de parte da fronteira para, segundo ele, reforçar a luta contra o contrabando e contra suspostos paramilitares colombianos.
Dois dias depois, o mandatário declarou estado de exceção na faixa fronteiriça do estado Táchira, o que provocou a expulsão de mais de mil colombianos.
A tensão entre ambos países aumentou nas últimas horas, com a decisão de Maduro de ampliar o fechamento fronteiriço para o estado de Zulia, onde também se aplicarão medidas de exceção.