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40 corpos são encontrados em porão em Damasco

O ativista da rede Shaam na região, Suhaib al Qasem, explicou à Agência Efe que as 40 vítimas encontradas no porão foram executadas de forma sumária

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 21 de agosto de 2012 às 20h23.

Cairo - A oposição na Síria denunciou nesta terça-feira a descoberta de 40 corpos em um porão na localidade de Moadamiya al Sham, no subúrbio de Damasco, onde também morreram hoje pelo menos 16 pessoas por causa dos bombardeios das forças governamentais.

O ativista da rede Shaam na região, Suhaib al Qasem, explicou à Agência Efe que as 40 vítimas encontradas no porão foram executadas de forma sumária.

Tanto os Comitês de Coordenação Local (CCL) como a Comissão Geral da Revolução Síria (CGRS) confirmaram a matança e afirmaram que o edifício no qual descobriram os corpos está situado na rua principal da aldeia, próximo da mesquita de Omar.

Já o Observatório Sírio de Direitos Humanos cifrou em algumas dezenas os corpos e afirmou que o edifício pertence ao clã sírio Katkut.

O povoado de Moadamiya al Sham é alvo desde ontem de bombardeios e ataques das tropas leais ao regime de Bashar al Assad, que tentam recuperar o controle desta cidade, nas mãos dos insurgentes.

Segundo a rede Shaam e a CGRS, pelo menos 16 pessoas morreram quando um helicóptero bombardeou um funeral, enquanro os CCL elevaram o número de vítimas fatais para 30.


Além disso, as forças do regime concentraram seus bombardeios nas localidades de Qatna e Duma, nos arredores de Damasco, e nos bairros da capital Al Qadam, Al Asali e Al Mezzeh.

Também foram castigadas as localidades de Al Hirak e Dael, na província de Deraa; Al Asharna e Al Mayadin, em Deir ez Zor; Al Rastan, em Homs; e Al Saara e Dar Aza, em Aleppo.

Um ativista identificado como Abu Naeem, que se encontra na cidade de Aleppo, garantiu em declarações à Efe que os duros combates entre o Exército e os rebeldes transformaram os bairros de Salahedin, Seif al Daula, Al Shaar e Tariq al Bab em áreas muito perigosas para os civis.

"As pessoas que perderam suas casas dormem na rua e não há alimentos nem remédios", lamentou o ativista.

Em todo o país, os CCL informaram a morte de mais de cem pessoas pelos bombardeios e enfrentamentos entre ambos os grupos (incluindo os corpos executados de Moadamiya al Sham).

Hoje mesmo, o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, pediu ao regime sírio, depois de uma reunião em Moscou com o vice-primeiro-ministro da Síria, Qadri Yamil, que o regime dê mais passos rumo à reconciliação entre o governo e a oposição armada.

Rússia e China têm poderes de veto no Conselho de Segurança das Nações Unidas e rejeitam uma intervenção militar na Síria. 

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