(Vatican Media/AFP)
Redação Exame
Publicado em 7 de maio de 2025 às 08h59.
A Igreja Católica apresentou um aumento de 1,15% em seu total de fiéis entre 2022 e 2023, alcançando 1,4 bilhão de fiéis, conforme revelado pelo Annuario Pontificio 2025.
Com esse crescimento, a Igreja continua sua expansão, especialmente na África, onde o número de católicos aumentou 3,31%, alcançando 281 milhões de fiéis em 2023. Este dado reflete a dinâmica crescente da religião no continente africano, destacando países como a República Democrática do Congo, com 55 milhões de católicos, e a Nigéria, com 35 milhões.
A América, que representa quase metade da população católica mundial, também teve crescimento, embora mais modesto. O continente consolidou sua posição com 47,8% de todos os católicos, sendo o Brasil o líder com 182 milhões de fiéis, ou 13% do total mundial. No entanto, o continente asiático teve um aumento mais tímido de 0,6%, com as Filipinas e a Índia concentrando a maior parte dos católicos da região.
A dinâmica de crescimento varia substancialmente entre as regiões. A Europa, que abriga 20,4% dos católicos do mundo, é o continente com menor aumento no número de fiéis, com apenas 0,2% de crescimento, enquanto a Oceania tem um aumento de 1,9%, totalizando pouco mais de 11 milhões de católicos.
Países como Itália, Polônia e Espanha ainda registram mais de 90% de católicos em sua população, mas a tendência de estagnação demográfica na Europa reflete desafios para o futuro da Igreja no continente.
Em termos de clero, o número de bispos aumentou 1,4% entre 2022 e 2023, totalizando 5.430 bispos no mundo. A maior concentração de bispos permanece na América e na Europa, com a África apresentando uma variação maior na quantidade de bispos por número de católicos, um reflexo da crescente demanda pastoral.
A situação dos sacerdotes também demonstra diferenças regionais. Embora o número total de padres tenha diminuído ligeiramente (-0,2%), a África e a Ásia experimentaram aumentos significativos de 2,7% e 1,6%, respectivamente. Em contrapartida, a Europa e a América registraram quedas no número de sacerdotes. A escassez de padres é particularmente visível na América do Sul, África e América Central, regiões com grande número de católicos e onde a demanda por serviços pastorais continua a superar a oferta.