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Publicado em 8 de outubro de 2025 às 11h48.
O ouro alcançou um patamar inédito nesta quarta-feira, 8, ao superar pela primeira vez os US$ 4.000 por onça — cerca de R$ 21.360,00. A valorização de 1,3% ocorre após investidores irem em busca de proteção diante das incertezas econômicas globais.
O movimento reforça o papel histórico do ouro como porto seguro em tempos de turbulência, já que o metal, por sua solidez e escassez, mantém-se há milênios como símbolo de valor e estabilidade financeira.
Até o final de 2024, a humanidade havia extraído aproximadamente 216.265 toneladas de ouro ao longo de toda a história, de acordo com o World Gold Council.
Para dimensionar esse volume, se todo o metal fosse derretido e moldado em um único cubo, ele mediria cerca de 22 metros de lado.
A instituição também estima que cerca de dois terços desse total foram retirados do solo somente a partir de 1950, quando avanços tecnológicos impulsionaram o aumento da mineração.
Vale destacar também que, devido a característica quase indestrutível do ouro, praticamente todo esse volume ainda existe em alguma forma acima do solo.
Atualmente, a distribuição do estoque global é:
Segundo o World Gold Council, as reservas economicamente viáveis para extração somam cerca de 54.770 toneladas, considerando a tecnologia atual e fatores ambientais.
Já os recursos totais — que incluem depósitos com diferentes graus de viabilidade — chegam a aproximadamente 132.110 toneladas.
Diante desse cenário, embora não existam estimativas concretas sobre quando o ouro vai acabar, é entendido que o metal é um recurso finito. Com uma produção anual que varia entre 3.000 e 3.500 toneladas, e considerando apenas as reservas conhecidas e viáveis, uma conta simplista sugeriria algumas décadas de extração.
Apesar disso, é importante ressaltar que novos depósitos podem ser descobertos, e avanços tecnológicos podem tornar economicamente viável a exploração de recursos atualmente inacessíveis.
Por outro lado, a diminuição da qualidade dos minérios e as regulamentações ambientais mais rígidas também podem dificultar o suprimento futuro do metal.
A China lidera a extração global, respondendo por 10% da produção total em 2024. Veja o ranking dos principais produtores:
O Brasil aparece na 15ª posição, com uma produção de 83,7 toneladas.