Mundo

Quanto é necessário ter para estar entre o 1% mais rico ao redor do mundo

Os dados destacam como a pandemia ampliou a diferença entre países ricos e pobres: o ponto de entrada para o 1% mais rico de Mônaco é quase 400 vezes maior do que no Quênia

 (Priscila Zambotto/Getty Images)

(Priscila Zambotto/Getty Images)

Mariana Martucci

Mariana Martucci

Publicado em 1 de março de 2021 às 20h05.

Última atualização em 2 de março de 2021 às 16h22.

Entrar no clube do 1% mais rico nunca é fácil, mas é especialmente difícil em Mônaco. É preciso uma fortuna de quase 8 milhões de dólares para se encaixar na categoria no principado mediterrâneo, onde os residentes normalmente não pagam imposto de renda, de acordo com pesquisa realizada pela Knight Frank.

Suíça e Estados Unidos vêm em seguida com as entradas mais elevadas, exigindo fortunas de 5,1 milhões e 4,4 milhões de dólares, respectivamente, de acordo com o Relatório de Riqueza 2021 da consultoria imobiliária. Em Singapura, com 2,9 milhões de dólares o indivíduo entra para o clube.

 

“Podemos ver claramente a influência da política tributária no topo”, disse Liam Bailey, responsável global por pesquisa da Knight Frank.

Os dados destacam como a pandemia ampliou a diferença entre países ricos e pobres. O ponto de entrada para o 1% mais rico de Mônaco é quase 400 vezes maior do que no Quênia, com a pior classificação entre 30 países no estudo da Knight Frank. O Banco Mundial estima que 2 milhões de pessoas no país africano caíram na pobreza devido à crise de covid-19. Enquanto isso, as 500 pessoas mais ricas do mundo aumentaram suas fortunas em 1,8 trilhão de dólares no ano passado, segundo o Índice de Bilionários da Bloomberg, com os empreendedores de tecnologia dos Estados Unidos Elon Musk e Jeff Bezos entre os ganhadores.

Os ganhos desproporcionais entre os ricos e os custos crescentes para governos decorrentes da crise de coronavírus levaram algumas nações a introduzir ou considerar impostos sobre a riqueza. Nos Estados Unidos, alguns democratas pressionam por impostos mais altos sobre a renda em nível estadual, inclusive em Nova York.

Mais de um terço dos consultores de pessoas ricas entrevistadas para o relatório da Knight Frank citou questões tributárias como a principal preocupação dos clientes. “Os governos gastaram muito e agora estamos em uma situação semelhante como depois da crise financeira, quando havia uma sensação crescente de: ‘Quem vai pagar por tudo isso?’”, disse Bailey.

Acompanhe tudo sobre:BilionáriosDinheiroMilionários

Mais de Mundo

Manifestação reúne milhares em Valencia contra gestão de inundações

Biden receberá Trump na Casa Branca para iniciar transição histórica

Incêndio devastador ameaça mais de 11 mil construções na Califórnia

Justiça dos EUA acusa Irã de conspirar assassinato de Trump; Teerã rebate: 'totalmente infundado'