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Qualquer opção é estudada para conter jihadistas, diz Obama

"O Iraque vai precisar de mais ajuda dos Estados Unidos e da comunidade internacional", disse o presidente americano


	Barack Obama: "não descarto nada", afirmou
 (Mandel Ngan/AFP)

Barack Obama: "não descarto nada", afirmou (Mandel Ngan/AFP)

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Da Redação

Publicado em 13 de junho de 2014 às 07h24.

Washington - O presidente americano, Barack Obama, afirmou nesta quinta-feira que sua equipe estuda todas as opções frente à onda de violência no Iraque e ao avanço de combatentes jihadistas na direção da capital, Bagdá.

"O Iraque vai precisar de mais ajuda dos Estados Unidos e da comunidade internacional. Nossa equipe de segurança nacional estuda todas as opções. Não descarto nada", afirmou.

Antes das declarações de Obama, uma autoridade americana já havia dito à AFP, na véspera, que os Estados Unidos consideram várias opções, entre elas um ataque aéreo com aviões não tripulados ("drones"), mas que se descarta até o momento o envio de tropas para um ataque terrestre.

As forças curdas iraquianas já tomaram o controle da cidade petroleira de Kirkuk, 240 km ao norte de Bagdá, para tentar evitar um possível assalto dos jihadistas, disseram autoridades turcas.

Nesta quinta, o Conselho de Segurança da ONU condenou os atos "terroristas" cometidos no Iraque, onde os combatentes jihadistas continuam avançando para Bagdá, e pediu um diálogo urgente no país entre todas as partes.

Durante duas horas, os 15 membros do Conselho discutiram sobre a situação no Iraque e, por videoconferência, receberam um informe do enviado especial da ONU nesse país, Nickolay Mladenov. Após a reunião, o Conselho manifestou seu apoio unânime ao governo na luta contra os jihadistas do Estado Islâmico no Iraque e Levante (Eiil).

A Rússia considerou, por sua vez, que o avanço dos rebeldes islâmicos no Iraque ameaça o país e ilustra o fracasso "total" da intervenção militar americana e britânica para derrubar Saddam Hussein em 2003.

O ministro iraquiano das Relações Exteriores, Hosyhar Zebari, admitiu que as forças de segurança, treinadas pelos Estados Unidos antes de retirar suas tropas no final de 2011, "desmoronaram" em Mossul, cidade tomada pelos jihadistas na última terça. Ele garantiu que, agora, o Exército se reorganizou e conseguirá conter os ataques.

O Parlamento iraquiano deveria ter se reunido nesta quinta, a pedido do governo dirigido pelo xiita Nuri al-Maliki, para decretar estado de emergência. A reunião foi anulada por falta de quórum.

Hoje, o Exército iraquiano lançou ataques aéreos contra os insurgentes em Tikrit, capital da província de Salahedin, que caiu nas mãos da rebelião na quarta.

Um dos líderes do Eiil, Abu Mohamed al-Adnani, convocou os insurgentes a "entrarem em Bagdá" e chamou Al-Maliki de "incompetente", segundo uma gravação de áudio de quarta-feira publicada pela rede americana de vigilância das páginas islâmicas SITE.

Depois que a gravação foi divulgada, o presidente do Irã, Hassan Rouhani, disse que seu país, de maioria xiita como o vizinho, "lutará contra a violência e o terrorismo" dos rebeldes sunitas. Ele não deu detalhes, porém, sobre essa possível intervenção.

Nesta quinta, os jihadistas estavam a menos de 100 km de Bagdá depois de terem tomado à noite a cidade de Dhuluiya, segundo um policial e vários civis consultados por telefone pela AFP. Na cidade, 90 km ao norte da capital, podia-se ver homens armados nas ruas, relatou um morador.

Os insurgentes também tomaram dois setores da província de Diyala, ao nordeste de Bagdá, após a retirada das forças de segurança, informaram oficiais.

Em Mossul, os jihadistas ainda mantêm cerca de 50 cidadãos turcos sequestrados no consulado da Turquia. O secretário-geral da Otan, Anders Fogh Rasmussen, exigiu nesta quinta a "libertação imediata" do grupo. Em Kirkuk, as forças curdas controlam a cidade totalmente pela primeira vez.

Empresas americanas que trabalham com o governo iraquiano começaram a retirar, nesta quinta, centenas de funcionários da importante base aérea de Balad, anunciou o Departamento de Estado dos Estados Unidos.

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