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Qual o próximo governo que posso derrubar com meu bigode?, ironiza Maduro

Moreno acusou Maduro de estar ajudando o ex-presidente equatoriano em um plano para desestabilizar o país com protestos; venezuelano respondeu

Maduro: Brasil e outros seis países denunciaram ação do venezuelano no Equador (Matias Delacroix / Correspondente/Getty Images)

Maduro: Brasil e outros seis países denunciaram ação do venezuelano no Equador (Matias Delacroix / Correspondente/Getty Images)

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EFE

Publicado em 9 de outubro de 2019 às 06h43.

Caracas ---  O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, ironizou nesta quarta-feira (9), as acusações feitas ontem pelo presidente do Equador, Lenín Moreno, que afirmou o líder chavista está por trás dos protestos registrados em Quito.

"Ontem, o presidente Lenín Moreno disse que o está ocorrendo por lá é culpa minha, que eu mexo meu bigode e derrubo governo. Estou agora pensando qual é o próximo governo que posso derrubar com meu bigode", debochou Maduro em um evento oficial transmitido pela emissora estatal "VTV".

"Não sou o Super-Homem, sou o superbigode", brincou.

Moreno acusou Maduro de estar ajudando o ex-presidente equatoriano Rafael Correa em um plano para desestabilizar o país com os protestos registrados desde a última quinta-feira. Os manifestantes foram às ruas para exigir a revogação de um pacote econômico, parte de um acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI).

Para Maduro, o presidente do Equador está "fora da realidade" e "totalmente desorientado", cercado de assessores que não são capazes de dizer quando ele está equivocado.

"É valente para tirar os benefícios, os direitos sociais de um povo? Valente para trair um povo? Valente para se entregar ao FMI? Se o senhor Lenín Moreno quiser ver a realidade, revogue esse pacote econômico e dialogue com o povo do Equador", sugeriu Maduro.

O líder chavista também pediu que Moreno observe como a Venezuela faz para "satisfazer as necessidades de um povo" e criticou o FMI de querer impor na América Latina um "modelo excludente, gerador de miséria e pobreza, um modelo oligárquico que beneficia o capital".

"Por isso o povo do Equador está na rua, não é por Maduro, é por sobrevivência, por resistência, rejeitando o FMI e seu modelo capitalista selvagem", argumentou o presidente da Venezuela.

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