Mundo

Qatar decepciona por não assumir meta de redução de emissões

A delegação do país árabe lançou, ontem, uma parceria com o Instituto Germânico de Postdam para Pesquisa Climática


	Qatar: A falta de protagonismo em um evento internacional que acontece na sua própria casa revoltou muita gente
 (Wikimedia Commons)

Qatar: A falta de protagonismo em um evento internacional que acontece na sua própria casa revoltou muita gente (Wikimedia Commons)

DR

Da Redação

Publicado em 7 de dezembro de 2012 às 10h48.

São Paulo - Aqueles que estavam ansiosos para assistir à performance do país-sede da COP18 se decepcionaram nesta quarta-feira (06). Ao invés de assumir compromissos audaciosos de combate ao aquecimento global, que dessem força às negociações – ou pelo menos assumir alguma meta de redução de emissões, por mais tímida que fosse –, o Qatar escolheu seguir um caminho mais seguro – e, há quem diga, covarde –, anunciando, apenas, que pretende se tornar uma referência em pesquisas climáticas.

A delegação do país árabe lançou, ontem, uma parceria com o Instituto Germânico de Postdam para Pesquisa Climática, prometendo que instalará na cidade de Doha uma subsidiária da entidade. E só.

A falta de protagonismo em um evento internacional que acontece na sua própria casa revoltou muita gente. Em coletiva de imprensa, o ambientalista árabe Wael Hmaidan, da Climate Action Network – famosa por entregar o prêmio Fóssil do Dia às nações que estão fazendo feio na Conferência – defendeu que o instituto de pesquisas é importante, mas não suficiente. Já temos bastante pesquisa, o que precisamos é fechar a lacuna entre o que os países se comprometem a reduzir e o quanto realmente é necessário para evitar o aquecimento a mais de 2°C. Ter uma meta seria a melhor forma do Qatar contribuir, disse.

Mais ousados, dois integrantes do Movimento Climático da Juventude Árabe decidiram protestar no Centro de Convenções do Qatar, onde acontece a COP18, mas acabaram expulsos pelos seguranças. Os jovens abriram no local uma faixa que dizia Qatar, por que sediar e não liderar?, mas segundos depois foram reprimidos pelos funcionários da ONU, tiveram que entregar os crachás que dão acesso ao evento e foram obrigados deixar o país-sede da Conferência em 24 horas.

Confira o episódio, abaixo, em vídeo feito pela equipe da organização Tck Tck Tck.

yt thumbnail
Acompanhe tudo sobre:ClimaDubaiMudanças climáticas

Mais de Mundo

Sobe para 25 o número de mortos em explosões de walkie-talkies do Hezbollah

Exército do Líbano detona dispositivos de comunicação 'suspeitos' após onda de explosões

Parlamento Europeu reconhece Edmundo González Urrutia como presidente eleito da Venezuela

Colômbia suspende diálogo com ELN após ataque a base militar