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Pyongyang concede cargos a parentes das elites na transição

Segundo agência de notícias sul-coreana, o regime norte-coreano pode ter feito as nomeações para garantir a lealdade das elites frente à ascensão de Kim Jong-un

Kim Jong-un foi nomeado líder supremo do Estado poucos dias após a morte de seu pai, em 17 de dezembro (Kcna /AFP)

Kim Jong-un foi nomeado líder supremo do Estado poucos dias após a morte de seu pai, em 17 de dezembro (Kcna /AFP)

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Da Redação

Publicado em 10 de janeiro de 2012 às 11h57.

Seul - O regime da Coreia do Norte distribuiu cargos de responsabilidade a familiares de altos funcionários com o suposto objetivo de promover a sucessão dinástica, informou nesta terça-feira a agência sul-coreana 'Yonhap'.

Citando uma fonte próxima ao país comunista que não quis ser identificada, a agência afirmou que o regime norte-coreano pode ter feito as nomeações para garantir a lealdade das elites frente à ascensão de Kim Jong-un, novo líder máximo do país, e evitar uma disputa interna pelo poder.

A fonte destacou o caso de Jang Yong-chol, sobrinho de Jang Song-thaek, vice-presidente da Comissão Nacional de Defesa da Coreia do Norte e cunhado do líder morto Kim Jong-il, que começou a preparar a entrega de poder a seu filho, Kim Jong-un, em setembro de 2010, quando concedeu a ele dois importantes cargos.

Jang Yong-chol se tornou embaixador da Coreia do Norte na Malásia em 2010 antes de cumprir seu mandato como enviado de Pyongyang no Nepal.

Já os filhos de Kim Yong-il, ex-primeiro-ministro norte-coreano, e Kang Sok-ju, vice-primeiro-ministro e principal assessor em política externa de Kim Jong-il, também foram enviados a missões diplomáticas da Coreia do Norte ao exterior, de acordo com a fonte.

A 'Yonhap' indicou ainda que vários filhos de outras autoridades do regime próximas a Kim Jong-il ocupando atualmente cargos destinados a atrair divisas ou captar investimento estrangeiro, postos de grande importância para o regime que também permitem sair e entrar no país facilmente.

Kim Jong-un foi nomeado líder supremo do Estado poucos dias após a morte de seu pai, em 17 de dezembro, que governou a Coreia do Norte com mão de ferro nos últimos 17 anos. 

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