A pressão verde tem como base a possível migração do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (Otavio Dias/Veja)
Da Redação
Publicado em 24 de novembro de 2010 às 09h16.
São Paulo - Com poder de barganha incrementado, o PV paulista apresentará ao governador eleito Geraldo Alckmin (PSDB) 21 diretrizes de gestão para orientar sua adesão ao novo governo tucano. Os verdes - que postulam as secretarias do Esporte e do Meio Ambiente - deixarão claro que a governabilidade de Alckmin na Assembleia está em jogo.
A pressão verde tem como base a possível migração do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM), para o PMDB. Deputados estaduais do DEM, que acompanhem o prefeito na migração partidária, poderão engrossar o coro da futura oposição. O resultado da equação é quórum suficiente para a instalação de CPIs na Assembleia.
O PV paulista tem a seu favor o fato de ter se tornado uma espécie de fiel da balança ao conseguir, na carona da ex-presidenciável verde Marina Silva, eleger nove deputados estaduais - três a mais que 2006. Caso Alckmin não aceite pontos cruciais do documento, os verdes prometem liberar sua bancada e render dores de cabeça ao tucano.
Segundo um membro do PV, os pontos da agenda verde precisam ser “razoavelmente incorporados” para “se discutir como a governabilidade se dará”. A adesão ao governo tucano, afirma, não é dada como certa, já que o partido tem no horizonte político o projeto de eleger Marina presidente em 2014. Por isso aventa-se manter uma posição de independência. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.