A candidata do PT à reeleição no governo do Pará, Ana Júlia Carepa, e o presidente do Senado, José Sarney (Arquivo/ABr)
Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h42.
Brasília - O PV paraense vai apoiar a candidata de Ana Júlia Carepa (PT) ao governo do estado, independentemente da posição que será definida pela direção nacional do partido sobre o segundo turno das eleições presidenciais.
Além disso, de acordo com o presidente do PV no Pará e integrante da executiva nacional da legenda, José Carlos Lima, o partido reitera o apoio à construção da Usina de Belo Monte, nos moldes defendidos pela candidata petista e atual governadora do estado.
"A Ana Júlia já recebia nosso apoio durante o primeiro turno. Isso foi decidido em convenção. Seria no mínimo anti-ético, para não dizer negociata ou mesmo sacanagem, que o PV mudasse de lado agora que ela passou para o segundo turno. Não tem nada a ver", disse Lima hoje (8) à Agência Brasil.
Quanto à postura do PV em relação à construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, Lima disse que o diretório regional do partido aprova a obra, desde que as condicionantes sejam respeitadas.
"Isso já foi bastante discutido, tanto local como nacionalmente por nosso partido. O importante é que as condicionantes sejam cumpridas nos molde conquistados pela governadora, que prevê como destino de 10% da energia produzida o próprio estado do Pará."
Lima, no entanto, manifesta preocupação com a fiscalização das condicionantes. "Está prevista a criação de uma comissão interinstitucional, composta por representantes do governo e da sociedade civil. Essa comissão ficaria responsável por fiscalizar o cumprimento das condicionantes."
"Mas apesar de o governo manifestar publicamente concordância com a criação dessa comissão, temos sentido uma certa dificuldade de avançar no ponto relativo à inclusão de representantes da sociedade civil no grupo", afirmou. Segundo ele, o PV quer a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) entre as entidades que cumprirão esse papel.
O presidente disse que será por meio desse grupo que se poderá evitar problemas ainda não previstos, decorrentes da obra, como o garimpo nas áreas que secarão no Rio Xingu.
"Existem muitos garimpos nas proximidades do Rio Xingu. Com a vazão do rio, áreas que atualmente estão alagadas secarão, e isso certamente despertará o interesse desses garimpeiros."
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