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Putin tratará sobre Síria com Merkel e Cameron em cúpula

Embora não esteja previsto um encontro entre Putin e Obama, "não se pode descartar que ambos os presidentes falem durante os atos protocolares"


	Cameron e Merkel: "Esperamos uma conversa detalhada sobre a Síria"
 (Facundo Arrizabalaga/Pool/Reuters)

Cameron e Merkel: "Esperamos uma conversa detalhada sobre a Síria" (Facundo Arrizabalaga/Pool/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 13 de novembro de 2015 às 13h49.

Moscou - O conflito na Síria será o tema central nas reuniões que o presidente russo, Vladimir Putin, terá com o primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron, e com a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, no marco da cúpula do Grupo dos Vinte (G20), que começa este domingo na cidade turca de Antalya.

"Esperamos uma conversa detalhada sobre a Síria", disse em entrevista coletiva Yuri Ushakov, assessor do presidente russo para assuntos internacionais.

"Síria e Ucrânia não são os únicos temas que Putin espera abordar em seus encontros bilaterais com líderes europeus, entre os quais também estará o primeiro-ministro da Itália, Matteo Renzi", disse Ushakov.

O chefe do Kremlin aproveitará a reunião internacional na Turquia para se reunir com o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan; com o rei da Arábia Saudita, o rei Salman bin Abdul Aziz, e o presidente chinês, Xi Jinping.

Por outro lado, embora não esteja previsto um encontro entre Putin e seu colega americano, Barack Obama, "não se pode descartar que ambos os presidentes falem durante os atos protocolares" programados dentro da cúpula, disse Ushakov.

Ao mesmo tempo, os líderes dos países do grupo Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) terão um encontro à parte pouco antes de começar o G20.

Putin viaja para Antalya para defender a postura de Moscou nos conflitos da Síria e do leste da Ucrânia, e aproveitará a reunião para tentar limar arestas com Ancara por causa das violações do espaço aéreo turco por parte de aviões russos que atuam na Síria.

A luta contra o terrorismo jihadista será o trunfo do chefe do Kremlin para justificar sua intervenção militar na Síria, que é vista pelo Ocidente só como uma tentativa de apoiar o regime do presidente sírio, Bashar al Assad.

O líder russo poderá exibir como conquista os avanços na condução do conflito nas regiões orientais ucranianas, mas este progresso dificilmente conduzirá à retirada das sanções econômicas ocidentais em um futuro próximo.

A participação do líder russo na cúpula do G20 será marcada pelas incógnitas sobre as causas da desintegração em pleno voo do Airbus A321 da companhia russa MetroJet, acidente que matou seus 224 ocupantes.

Moscou insiste em que é preciso esperar os resultados da investigação, enquanto em Londres e Washington se trabalha com a hipótese de um atentado terrorista.

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