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Putin quer se reunir com Trump mesmo após expulsão de diplomatas

De acordo com o governo russo, o presidente está disposto a desenvolver relações mutuamente benéficas e de confiança com os países, incluindo os EUA

Putin e Trump: "tudo depende de nossos colegas americanos. A parte russa está aberta a isso", acrescentou (Carlos Barria/Reuters)

Putin e Trump: "tudo depende de nossos colegas americanos. A parte russa está aberta a isso", acrescentou (Carlos Barria/Reuters)

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EFE

Publicado em 28 de março de 2018 às 08h04.

Última atualização em 28 de março de 2018 às 08h09.

Moscou - O Kremlin confirmou, nesta quarta-feira, a disposição do presidente da Rússia, Vladimir Putin, de se reunir com o mandatário dos Estados Unidos, Donald Trump, apesar das graves tensões causadas pelo envenenamento do ex-espião Sergei Skripal e de sua filha no Reino Unido, caso no qual Moscou está sendo responsabilizado por Londres.

"Putin está disposto, e a parte russa está disposta a desenvolver relações mutuamente benéficas e de confiança com todos os países, incluindo os Estados Unidos", disse o porta-voz da presidência russa, Dmitry Peskov, ao responder uma pergunta sobre a disposição do chefe do Estado de se reunir com Trump.

Ao mesmo tempo, Peskov disse que, após a expulsão dos EUA de 60 diplomatas russos em represália pelo caso Skripal, Moscou não tem "nenhuma informação sobre se a parte americana vai cumprir com as palavras do presidente Trump (sobre seu propósito de se encontrar com Putin)".

"Tudo depende de nossos colegas americanos. A parte russa está aberta a isso", acrescentou.

Ao mesmo tempo, o porta-voz do Kremlin reiterou que a Rússia responderá à expulsão de mais de cem diplomatas de 20 países, que se solidarizaram com o Reino Unido no caso Skripal.

A resposta de Moscou, acrescentou Peskov, ocorrerá no "momento oportuno" e "tudo será feito de tal modo que responda aos interesses da Federação Russa".

"Essa decisão coletiva (expulsão dos diplomatas) foi uma manifestação de solidariedade, neste caso, de solidariedade parcial com Londres em um tema que, desde nosso ponto de vista e segundo o nosso convencimento, não tem nenhum fundamento e nem prova", disse o porta-voz.

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