Mundo

Putin quer reforçar cooperação militar com China

Na conversa, Putin também elogiou a resistência de Moscou e Pequim às "pressões" ocidentais

Putin (AFP/AFP Photo)

Putin (AFP/AFP Photo)

A

AFP

Publicado em 30 de dezembro de 2022 às 13h32.

Última atualização em 30 de dezembro de 2022 às 14h36.

O presidente russo, Vladimir Putin, manifestou nesta sexta-feira, 30, seu desejo de fortalecer a cooperação militar com a China, durante uma reunião por videoconferência com seu homólogo chinês, Xi Jinping.

Na conversa, Putin também elogiou a resistência de Moscou e Pequim às "pressões" ocidentais.

"Em um contexto de pressões e provocações sem precedentes por parte do Ocidente, defendemos nossas posições de princípio", declarou Putin.

Segundo ele, "a coordenação entre Moscou e Pequim na cena internacional (...) está a serviço da criação de uma ordem mundial justa, baseada no direito internacional".

"A cooperação militar e técnica, que contribui para a segurança de nossos países e para a manutenção da estabilidade em regiões-chave, ocupa um lugar especial" na cooperação sino-russa, frisou.

O presidente anunciou, ainda, que deseja "reforçar a cooperação entre as Forças Armadas russas e chinesas".

Alvo de duras sanções ocidentais por sua ofensiva contra a Ucrânia, a Rússia tem tentado, nos últimos meses, estreitar suas relações com os países da Ásia, especialmente com a China, que, no entanto, não apoiou o ataque russo ao vizinho.

Também nesta sexta, Putin informou que Xi visitará a Rússia "na primavera" de 2023 (outono no Brasil) para uma "visita de Estado". Será a primeira desde o início da pandemia de covid-19.

O presidente Xi Jinping elogiou, por sua vez, a "parceria global e cooperação estratégica" bilateral, conforme declarações traduzidas para o russo e divulgadas pelo Kremlin.

"Estamos dispostos a reforçar a cooperação estratégica com a Rússia, para dar possibilidades de desenvolvimento um ao outro, de sermos parceiros globais pelo bem dos povos dos nossos países e no interesse da estabilidade do mundo inteiro", afirmou o líder do gigante asiático.

A televisão estatal chinesa também falou do encontro.

"A China está pronta para trabalhar com a Rússia e com todas as forças progressistas do mundo para se opor ao unilateralismo, ao protecionismo e à intimidação", disse a emissora oficial.

Rússia e China se apresentam como um contrapeso geopolítico ante os Estados Unidos e seus aliados.

Nos últimos tempos, os dois países têm realizado manobras militares conjuntas.

Além disso, a Rússia tenta aumentar suas exportações de gás para a China, de modo a compensar a queda da demanda por parte da Europa, que quer reduzir sua dependência do gás russo.

LEIA TAMBÉM:

Acompanhe tudo sobre:ChinaMilitaresRússiaVladimir Putin

Mais de Mundo

Manifestação reúne milhares em Valencia contra gestão de inundações

Biden receberá Trump na Casa Branca para iniciar transição histórica

Incêndio devastador ameaça mais de 11 mil construções na Califórnia

Justiça dos EUA acusa Irã de conspirar assassinato de Trump; Teerã rebate: 'totalmente infundado'