Mundo

Putin parabeniza Gorbachev por seu 82º aniversário

Gorbachev dirigiu a União de Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS) de março de 1985 a 25 de dezembro de 1991


	O presidente russo, Vladimir Putin
 (Alexander Zemlianichenko/AFP)

O presidente russo, Vladimir Putin (Alexander Zemlianichenko/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 2 de março de 2013 às 10h35.

Moscou - O presidente da Rússia, Vladimir Putin, parabenizou neste sábado o último líder da União Soviética, Mikhail Gorbachev, que completa hoje 82 anos e que o criticou nos últimos anos por monopolizar o poder.

'Sua fértil atividade social e investigadora, e sua participação em projetos beneficentes e educacionais lhe renderam por direito próprio um profundo respeito', diz a mensagem de felicitação divulgada pelo Kremlin.

Putin destacou também em sua carta a importância de que Gorbachev 'dedique uma incansável atenção a importantes iniciativas no âmbito da cooperação internacional', e que 'com seu polifacético trabalho tente contribuir para aumentar a autoridade da Rússia no mundo', acrescentou, segundo as agências locais.

Gorbachev, que dirigiu a União de Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS) de março de 1985 a 25 de dezembro de 1991, lidera a fundação que tem seu nome e que se dedica a atividades sociais, beneficentes e analíticas.

Após os grandes protestos populares contra a fraude nas eleições legislativas de dezembro de 2011, Gorbachev ficou ao lado dos manifestantes e pediu a renúncia das autoridades.

Até aquele ano, o ex-presidente soviético já tinha comparado o partido governista Rússia Unida ao PCUS (Partido Comunista da União Soviética), mas se abstinha sempre de criticar diretamente Putin.

Gorbachev chegou a acusar Putin de 'vaidoso' por pretender decidir em segredo com o presidente russo que se apresentará às eleições presidenciais de 2012, sem consultar com o povo.

Em resposta, Putin, que qualificou o fim da URSS como a maior catástrofe geopolítica do século XX, o criticou por permitir há 20 anos a desintegração soviética.

'Havia que lutar pela integridade territorial de nosso Estado de maneira mais insistente, coerente e ousada, e não esconder a cabeça sob a areia, deixando o traseiro para cima', disse.

Admirado pela oposição liberal, organizações de defesa dos direitos humanos e chancelarias ocidentais, o pai da Perestroika é ainda considerado um traidor por muitos nostálgicos da URSS.

Acompanhe tudo sobre:PolíticosÁsiaEuropaRússiaVladimir Putin

Mais de Mundo

Trump e Putin dizem ter avançado em conversas, mas não anunciam medidas em encontro no Alasca

Decisão poupa Argentina de entregar ações da YPF enquanto recursos não forem resolvidos

Governo Trump cria 'lista de lealdade' e classifica empresas por apoio a seu pacote fiscal

Avião B-2, modelo usado em ataque no Irã, passa perto de Putin em encontro com Trump; assista