Rússia justifica sua ofensiva na Ucrânia com o desejo de "desnazificar" o país (AFP/AFP)
AFP
Publicado em 3 de janeiro de 2023 às 15h24.
Última atualização em 3 de janeiro de 2023 às 15h49.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, ordenou nesta terça-feira, 3, que seu governo exiba "documentários" sobre a ofensiva das forças de Moscou na Ucrânia, antes que a mesma complete um ano em fevereiro.
Putin pediu ao Ministério da Cultura "que apresente propostas para garantir a exibição de documentários nacionais nas redes de cinema sobre temas relacionados à operação militar especial e à luta contra a propagação da ideologia neonazista e neofascista", segundo mensagem publicada no site do Kremlin.
A Rússia justifica sua ofensiva na Ucrânia com o desejo de "desnazificar" o país, e o Kremlin acusa o presidente ucraniano Volodimir Zelensky e as autoridades de Kiev de conivência com os movimentos ultranacionalistas.
Por outro lado, Moscou apresenta sua ofensiva como um conflito com o Ocidente, devido ao fornecimento de armas pelos países ocidentais a Kiev.
A decisão ocorreu após vários contratempos sofridos pelo Exército russo na Ucrânia, que nos últimos meses teve de abandonar a província de Kharkiv, no nordeste, e a cidade de Kherson, no sul.
Na segunda-feira, os militares russos tiveram de reconhecer um ataque contra suas tropas na cidade de Makiivka, no leste da Ucrânia, responsável pela morte de pelo menos 63 pessoas.
A Rússia já aprovou inúmeras leis para controlar o discurso em torno de sua "operação militar especial", como classifica o conflito.
A lei pune severamente quem dissemina o que a Justiça russa considera como "mentiras" sobre as Forças Armadas.
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