O ex-primeiro-ministro britânico Boris Johnson retornou neste sábado a Londres após um período de férias, em meio aos rumores de uma candidatura para voltar a ocupar o posto de chefe de Governo após a renúncia de Liz Truss. (NurPhoto / Colaborador/Getty Images)
AFP
Publicado em 29 de junho de 2022 às 15h01.
Última atualização em 29 de junho de 2022 às 15h11.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, não teria ordenado a invasão da Ucrânia se fosse uma mulher, afirmou o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, que acredita que o mundo seria melhor com mais mulheres no poder.
"Se Putin fosse uma mulher, o que obviamente não é, eu realmente não acredito que ele teria iniciado esta guerra maluca de macho, de invasão e violência da maneira que ele fez", declarou ao canal alemão ZDF.
O início desta guerra é um "exemplo perfeito de masculinidade tóxica", acrescentou. Na mesma entrevista, o primeiro-ministro britânico pediu mais educação para as meninas no mundo e defendeu mais "mulheres em posições de poder".
Seus comentários foram objeto de piadas por parte das autoridades russas. "Freud teria amado um assunto assim vivo para seus estudos", disse o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, à agência de notícias Ria Novosti sobre o chefe do governo britânico.
"Boris Johnson tem uma grande imaginação. Que diabos os Sete fizeram juntos?", comentou Maria Zakharova, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia no Telegram, referindo-se à cúpula dos líderes das sete principais potências do G7.
Em sua entrevista à rede alemã, Johnson também disse que "todos querem o fim da guerra", mas que no momento "não há acordo possível, Putin não faz nenhuma proposta de paz".
O objetivo imediato da estratégia ocidental é apoiar a Ucrânia para que esteja na melhor posição estratégica possível no dia em que for possível começar as negociações de paz com Moscou, acrescentou.
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