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Putin manifesta apoio a Maduro em meio à onda de protestos

Maduro enfrenta desde 1º de abril uma onda de protestos que já deixou 45 mortos e centenas de feridos e detidos

Putin: nesta quinta-feira, o Tesouro dos Estados Unidos anunciou sanções econômicas contra oito magistrados do Tribunal Supremo da Venezuela (Sergei Chirikov/Pool/Reuters)

Putin: nesta quinta-feira, o Tesouro dos Estados Unidos anunciou sanções econômicas contra oito magistrados do Tribunal Supremo da Venezuela (Sergei Chirikov/Pool/Reuters)

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AFP

Publicado em 18 de maio de 2017 às 21h45.

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, conversou nesta quinta-feira por telefone com seu homólogo da Venezuela, Nicolás Maduro, para manifestar seu apoio diante da onda de protestos que tenta removê-lo do poder, informou a Chancelaria em Caracas.

Putin "destacou o direito do povo venezuelano de determinar seu destino sem qualquer intervenção diante das forças radicais que têm o apoio externo", destacou o comunicado da chancelaria.

Maduro enfrenta desde 1º de abril uma onda de protestos que já deixou 45 mortos e centenas de feridos e detidos.

Segundo o presidente venezuelano, as manifestações fazem parte de uma campanha orquestrada pelosEstados Unidos para criar o caos e propiciar uma intervenção estrangeira na Venezuela.

Maduro disse posteriormente que conversou com Putin sobre a necessidade de renovar o acordo de novembro passado entre a OPEP e outros produtores de petróleo alheios ao cartel, que reduziu a produção.

"Há uma posição firme de Rússia, Arábia Saudita e Venezuela para renovar o acordo e seguir melhorando o equilíbrio dos preços do petróleo", declarou Maduro em uma reunião com estudantes no Palácio de Miraflores.

Nesta quinta-feira, o Tesouro dos Estados Unidos anunciou sanções econômicas contra oito magistrados do Tribunal Supremo da Venezuela, acusados de decisões judiciais que "usurparam" a autoridade do Legislativo.

No final de março, a Sala Constitucional do Supremo decidiu assumir as prerrogativas do Parlamento e acabar com a imunidade dos legisladores, em duas decisões revogadas parcialmente diante do repúdio internacional e que provocaram a atual onda de protestos que sacode o país.

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