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Putin garante que não desconectará Rússia da internet mundial

A fala acontece depois da lei da "internet soberana", que permite que o país seja desconectado da rede global sob a ameaça de interferência estrangeira

Putin: próximo teste sobre o funcionamento do segmento russo da internet ocorrerá na próxima segunda-feira (Alexander Zemlianichenko/Pool/Reuters)

Putin: próximo teste sobre o funcionamento do segmento russo da internet ocorrerá na próxima segunda-feira (Alexander Zemlianichenko/Pool/Reuters)

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EFE

Publicado em 19 de dezembro de 2019 às 13h47.

Moscou — O presidente da Rússia, Vladimir Putin, garantiu nesta quinta-feira (19), que o governo não tem a intenção de desconectar o país do resto do mundo na internet, mas defendeu uma lei que permite um eventual isolamento russo da rede global em caso de ameaças.

"Não estamos caminhando para fechar a internet e não temos intenção de fazer isso", disse o mandatário durante na entrevista coletiva anual.

A fala de Putin foi uma resposta a uma pergunta sobre a recente entrada em vigor da chamada lei da "internet soberana", que permite que o país seja desconectado da rede global sob a ameaça de interferência estrangeira.

"Esta lei pretende apenas evitar as consequências negativas de uma possível desconexão da rede global, que é amplamente controlada do exterior", disse Putin, ao opinar que a internet pode ser livre e soberana ao mesmo tempo.

O Ministério das Comunicações russo anunciou que continuará com planos para testar o isolamento do país da rede global no âmbito da lei da "internet soberana".

O próximo teste sobre o funcionamento do segmento russo da internet ocorrerá na próxima segunda-feira. O governo explicou que o teste afetará áreas "específicas" e "não será percebido pelos usuários comuns".

Além da lei da "internet soberana", a Rússia aprovou nos últimos anos várias normas que encontraram resistência de ativistas que acusam as autoridades de endurecerem o controle sobre o uso da rede.

O último caso que está gerando polêmica neste país foi a recente aprovação de uma lei que pretende proibir a venda de telefones celulares, computadores e smart TVs sem aplicativos russos pré-instalados a partir de julho de 2020.

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