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Putin fala em "caos" mundial se Ocidente voltar a atacar Síria

Surgiram sinais de que Moscou e Washington querem recuar da pior crise em suas relações em anos

Putin e Rouhani concordaram que as ações ocidentais prejudicaram as chances de se chegar a uma solução política (Alexander Zemlianichenko/Reuters)

Putin e Rouhani concordaram que as ações ocidentais prejudicaram as chances de se chegar a uma solução política (Alexander Zemlianichenko/Reuters)

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Reuters

Publicado em 15 de abril de 2018 às 15h10.

MOSCOU/DAMASCO - O presidente da Rússia, Vladimir Putin, alertou neste domingo que mais ataques ocidentais contra a Síria trariam o caos aos assuntos mundiais, enquanto surgiram sinais de que Moscou e Washington querem recuar da pior crise em suas relações em anos.

Putin fez as declarações em uma conversa por telefone com seu colega iraniano, Hassan Rouhani, depois que os Estados Unidos, a França e o Reino Unido lançaram mísseis contra a Síria no sábado, por suspeita de um ataque com gás venenoso.

Um comunicado do Kremlin disse que Putin e Rouhani concordaram que as ações ocidentais prejudicaram as chances de se chegar a uma solução política para o conflito de sete anos que já matou pelo menos meio milhão de pessoas.

"Vladimir Putin, em particular, enfatizou que, se tais ações cometidas em violação à Carta da ONU continuarem, isso inevitavelmente levará ao caos nas relações internacionais", disse o.

Os mísseis atingiram o coração do programa de armas químicas da Síria, disse Washington, em retaliação a um suspeito ataque com gás venenoso há uma semana. Os três países insistiram que o ataques não visavam derrubar o presidente Bashar al-Assad ou intervir no conflito.

Os atentados, saudados pelo presidente dos EUA, Donald Trump como um sucesso, mas denunciados por Damasco e seus aliados como um ato de agressão, marcaram a maior intervenção dos países ocidentais contra Assad e a Rússia, cujo ministro das Relações Exteriores, Sergei Lavrov, os considerou "inaceitáveis ​​e sem lei".

Os comentários de Putin foram publicados logo após o vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Ryabkov, ter feito uma nota mais conciliatória dizendo que Moscou faria todos os esforços para melhorar as relações políticas com o Ocidente.

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